CPI foi arquivada, mas deputado disse que não movimentou documento que foi parar no gabinete do presidente.

Nem proponente assina e CPI para investigar gastos de Reinaldo gera bate-boca na Alems

Após ser enterrada pelo presidente da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Paulo Corrêa (PSDB), a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar gastos no Estado com a pandemia da Covid-19 gerou bate-boca na sessão remota desta quarta-feira (14).

O proponente da CPI, deputado João Henrique Catan (PL), afirmou que não assinou para dar andamento no requerimento, que foi parar no gabinete do presidente. “É como se eu tivesse feito de forma física e eu não fiz isso, isso é algo grave, houve movimentação que eu não fiz”.

Catan pediu para o presidente voltar atrás na decisão. “Não fiz o trâmite, eu tenho conversas e diálogos com a assessoria da Casa e tenho registro de tudo isso. Quero que seja restabelecido como o status que estava, que não foi disponibilizado para protocolo”, argumentou.

Paulo Corrêa mostrou o documento com a assinatura de Catan. “Eu fiz uma ligação pessoal para o senhor e quero exibir aqui, que alguém assinou ou colocaram sua assinatura aqui. Na ligação o senhor disse que iria resolver”, disse segurando o documento. 

O presidente pediu reunião com Catan e com o responsável pelo gabinete. “Não fiz mais nada que arquivar, com duas assinaturas a CPI não prospera. Quero participar da reunião em conjunto, após a sessão”.

Catan rebateu, afirmando de novo que não assinou e cogitou um erro no sistema. “Quero saber quem manipulou o sistema, o requerimento está no meu gabinete. Eu vi que alguém movimentou meu papel. Se fosse físico, não ia acontecer isso”.

Capitão Contar (PSL), deputado que assinou também o requerimento, disse não entender por qual motivo o presidente da Casa de Leis não pode atender o pedido de Catan. “O requerimento não saiu do gabinete por estar com status de coleta de assinatura. Não vejo por que não atender o pedido dele”.

Corrêa rebateu dizendo ser ‘coisa estranha’ o que estava sendo colocado pelo parlamentar. “Primeiro que o senhor já assinou. A chavinha sua e do João Henrique está aqui e quem está mexendo com a chavinha de vocês tem que levar puxão de orelha”.

Por fim, o presidente disse que o documento andou. “Eu liguei para o deputado e me coloco à disposição para reunião depois da sessão”.