Deputado Antônio Vaz disse que vaidade política levou a atual situação

“Não é o momento de politizar a relação comercial”, diz Vaz sobre frigoríficos de MS romperem com Trump
Deputado Antônio Vaz disse que vaidade política levou a atual situação / Foto: (Luciana Nassar, Alems)

O deputado estadual de Mato Grosso do Sul, Antônio Vaz (Republicanos), avalia que a suspensão dos frigoríficos do Estado de enviar carne aos Estados Unidos foi consequência direta das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

Segundo ele, este não é o momento de politizar a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos. “O que está em jogo são empregos, produção e o sustento de milhares de famílias, especialmente aqui em Mato Grosso do Sul, que tem papel decisivo na exportação de carne e na economia nacional”.

O parlamentar diz ainda que tudo isso que acontecendo como a suspensão das exportações anunciada pelos frigoríficos deve-se a decisões motivadas por ‘vaidades políticas’. “Vaidades tanto no passado quanto no presente, têm colocado o país em rota de colisão com seus próprios interesses. O povo é quem paga essa conta. O produtor que madruga, o trabalhador do campo, o jovem que perde a oportunidade do primeiro emprego. Mato Grosso do Sul está fazendo a sua parte. O Brasil real está fazendo a sua parte”.

Por fim, o deputado diz ser preciso agir com responsabilidade, colocando o interesse nacional acima de disputas pessoais ou ideológicas.

Produção das carnes continua normal
Apesar da medida, o Sincadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS) reforçou ao Jornal Midiamax que as plantas frigoríficas continuam com os abates normalmente. Porém, a exceção seria para as que estão habilitadas a enviar ao mercado norte-americano, que devem reduzir as escalas de abates.

Com taxações dos EUA ao Brasil, Paraguai pode ser alternativa para exportação da carne de MS
Assim, conforme o titular da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck, uma das alternativas seria vender essa carne bovina para o mercado interno, o que poderia aliviar o preço no bolso dos sul-mato-grossenses. Outro ponto de alerta seria o tempo de demora para conseguir exportar parte desta produção para outros países. 

“A gente não consegue colocar esse produto rapidamente em outro mercado internacional. A consequência seria colocar esse produto no mercado interno sul-mato-grossense, mercado interno brasileiro, o que obviamente pode haver um aumento de oferta e também uma redução de preço e, na sequência, até uma redução de preço da arroba do boi aos produtores. Por isso que é tão preocupante esse tarifaço”, explicou Verruck.