E, claro, há um ganho expressivo no aspecto psicológico, graças à liberação de hormônios como a endorfina”, explica.
A prática da musculação vem se consolidando como uma aliada poderosa na promoção da saúde e seus benefícios ultrapassam os limites da estética corporal. No contexto do tratamento oncológico, ela surge como um recurso terapêutico que pode contribuir para o bem-estar físico e emocional dos pacientes. Foi justamente essa abordagem que norteou uma das aulas da disciplina de ‘Musculação’, no curso de Educação Física da Unigran, conduzida pelo professor Magnelson Bonfim Reis.
Segundo o professor Magnelson Reis, a musculação, em especial, oferece benefícios que vão além do fortalecimento muscular. “Ela melhora o tônus muscular e a densidade óssea, fatores que costumam ser comprometidos durante o tratamento. Além disso, ajuda a preservar a massa magra, mesmo em momentos de baixa ingestão calórica, colabora na regulação de índices glicêmicos e da pressão arterial. E, claro, há um ganho expressivo no aspecto psicológico, graças à liberação de hormônios como a endorfina”, explica.
Para sensibilizar os futuros profissionais sobre a dimensão humana da profissão, o professor convidou Marisabel Matos Frubel para compartilhar sua experiência de enfrentamento do câncer. “A motivação foi mostrar que a musculação vai muito além da estética. Ao ouvir o relato de quem viveu isso na pele, os acadêmicos passam a compreender o papel do profissional de educação física na reabilitação e no cuidado integral”, afirma.
Estudos científicos já demonstram os efeitos positivos da atividade física no combate ao câncer, confirmando que exercícios regulares ajudam a melhorar a resposta imunológica, reduzem inflamações e atenuam efeitos colaterais de terapias como quimioterapia e radioterapia.
Diagnosticada com câncer, Marisabel conta que não deixou a musculação de lado. “Continuei treinando durante todo o tratamento, dentro do possível. Houve dias difíceis, claro, mas eu sabia que me movimentar era essencial. Minha imunidade nunca baixou e consegui concluir o tratamento dentro dos prazos. Acredito que o estilo de vida ativo que eu já levava foi determinante para a minha recuperação”, relata.
Ela conta que além da superação pessoal, sua postura inspirou outros pacientes e praticantes. “Recebi muitas mensagens de pessoas do Brasil todo, inclusive em tratamento, dizendo que se motivaram a começar por me ver treinando, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Isso foi imensamente gratificante”, completa Marisabel.
Para atuar com pacientes oncológicos, o professor ressalta que o profissional de Educação Física precisa de sensibilidade, responsabilidade e conhecimento técnico. “É fundamental entender as limitações de cada fase do tratamento, adaptar os exercícios e acompanhar de forma contínua, sempre em diálogo com a equipe médica, olhando para além da estética e abarcar a saúde em sua integralidade”, pontua Magnelson.
Outro ponto que o professor reforça é a necessidade de formação adequada para lidar com grupos especiais: “Hipertensos, diabéticos, gestantes, idosos, pacientes oncológicos, todos podem e devem se beneficiar da musculação, desde que orientados por um profissional capacitado”, assegurou
O caso apresentado em sala de aula evidenciou a importância de uma formação pautada em empatia, ciência e compromisso social. “É preciso romper com a ideia de que a academia é apenas um espaço de vaidade. Ela também pode ser um lugar de cura, de fortalecimento emocional e de renascimento”, conclui o professor.
Na Unigran, o curso de Educação Física possui conceito nota 4 no MEC e é ofertado nas modalidades bacharelado e licenciatura. A duração da graduação é de 8 semestres, nos quais os acadêmicos recebem toda a bagagem necessária para se tornar um profissional preparado para enfrentar desafios reais, com ética, ciência e sensibilidade, através de um corpo docente sólido e uma estrutura de ponta. As inscrições para o Vestibular de Inverno 2025 estão abertas através do site unigran.br/vestibular.
Olá, deixe seu comentário!Logar-se!