Após batida em caminhão, barra de ferro se desprendeu, atravessou para-brisa do coletivo e atingiu passageiros
A Polícia Civil indiciou por homicídio doloso o motorista de um ônibus da Viação Andorinha envolvido em acidente que matou duas pessoas na BR-262, em Corumbá (MS). O incidente ocorreu em junho de 2025, quando o coletivo invadiu a pista contrária e colidiu com um caminhão carregado de minério.
O acidente resultou na morte da médica Andrezza das Neves Felski, 27 anos, e de Marcelino Florentino Filho, 84 anos. Duas outras vítimas sofreram amputação de membros inferiores. Segundo a investigação, o motorista dirigia em condições incompatíveis com a segurança viária, assumindo risco elevado ao conduzir o veículo.
De acordo com a investigação, o ônibus de transporte coletivo invadiu a pista contrária e provocou uma colisão lateral com um caminhão que transportava minério. As apurações técnicas apontaram que o condutor, apesar de ser motorista profissional, dirigia em condições incompatíveis com a segurança viária, especialmente considerando o porte do veículo e o tráfego intenso da rodovia federal.
Com o impacto, duas pessoas morreram no local em decorrência das graves lesões sofridas: a médica Andrezza das Neves Felski, de 27 anos, e Marcelino Florentino Filho, de 84 anos. Outras vítimas ficaram feridas, entre elas Dayene Hokama e uma criança de 9 anos, que tiveram amputação de membros inferiores. Um terceiro passageiro sofreu lesões leves.
Segundo relato do motorista do caminhão, o ônibus seguia pela contramão. Ele afirmou que ainda tentou desviar, inclusive indo para o acostamento, mas não conseguiu evitar a batida. Durante a colisão, uma barra de ferro se desprendeu do caminhão, atravessou o para-brisa do coletivo e atingiu passageiros que estavam nas três primeiras fileiras.
Em depoimento, o motorista do ônibus alegou que perdeu o controle da direção após passar por uma falha na pista, o que teria provocado a invasão da via contrária. A versão, no entanto, não foi suficiente para afastar a conclusão da Polícia Civil, que se baseou em laudos periciais, análise do local, imagens e outros elementos técnicos reunidos ao longo da investigação.
Equipes da PRF (Polícia Rodoviária Federal), do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), do Corpo de Bombeiros e da Polícia Científica realizaram o atendimento às vítimas e o isolamento da área.
Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil enquadrou o motorista por homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, quando se assume o risco de matar, em relação às vítimas fatais, e por lesões corporais dolosas, também em dolo eventual, quanto aos sobreviventes.
Em nota, a Viação Andorinha informou que o ônibus havia saído de Campo Grande no dia anterior com destino a Corumbá e afirmou que está prestando apoio às vítimas e às famílias, além de acompanhar as investigações sobre as causas do acidente.











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