Ministro inicialmente alegou agenda com Lula, mas informação foi não foi confirmada pelo Planalto

Ministro cancela visita a Dourados após FAB não disponibilizar aviões
Ministro inicialmente alegou agenda com Lula, mas informação foi não foi confirmada pelo Planalto / Foto: Taysa Barros/MS

O Ministro da Saúde Alexandre Padilha, cancelou visita programada a Dourados para este sábado, 09/08, após a Força Aérea Brasileira indisponibilizar aviões. A agenda, que prevê a inauguração do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Indígena, está mantida e será conduzida pelo secretário Weibe Tapeba, da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Conforme apurado pelo Midiamax, inicialmente o ministro teria justificado a ausência por convocação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para permanecer em Brasília, onde ocorreria reunião com chefes das pastas federais. Entretanto, a reportagem consultou a coordenação de agendas da Presidência da República e até a manhã desta sexta-feira, 08/08, não havia qualquer previsão de agenda para Lula ao longo do final de semana.

Outro argumento apontado por Padilha seria a indisponibilidade de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). A justificativa seria de que aviões da União estariam em manutenção, sem que houvesse tempo hábil para reserva de nova aeronave para o transporte da autoridade.

O cancelamento foi anunciado pelo ministro ao anfitrião da agenda, deputado federal Geraldo Resende (PSDB), na tarde de ontem (07/08).

Além da inauguração do Samu Indígena, marcado para 11h na Missão Evangélica Caiuás, com sede anexa ao Hospital “Porta da Esperança”, Weibe Tapeba, da Sesai, também vai anunciar à comunidade indígena de Dourados investimentos para duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) que serão construídas nas aldeias Jaguapiru e Bororó.

A aldeia de Dourados concentra a maior população indígena urbanizada do país. São cerca de 20 mil pessoas, muitas delas vivendo em condições vulneráveis. Além da estigmatização social e do desafio com alcoolismo e os índices de violência, a comunidade também sofre com a falta de água potável.

O que diz a FAB?
A reportagem acionou a Força Aérea Brasileira, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno. Caso o órgão se manifeste acerca da indisponibilidade de aviões ao ministro, o texto poderá ser atualizado.