Rota vai encurtar caminhos e custos para seto produtivo e incentivar turismo entre os países integrantes.

Ministro afirma que MS é fundamental para dar competitividade e escoamento da produção do país
Ministro de Relação Exteriores, Carlos Franco e o governador Reinaldo Azambuja. / Foto: André de Abreu

O ministro das relações Exteriores, Carlos Franco França, disse durante coletiva de imprensa do 1º Fórum de Integração do Corredor Bioceânico, que o Estado de Mato Grosso do Sul é extremamente importante para o setor produtivo, e de escoamento de produção do país. O seminário acontece na Assembleia Legislativa nesta quinta e sexta-feira (26).

Conforme o ministro, MS é um Estado fundamental para integração entre os mercados do oceano Pacífico e Atlântico. Ele destaca que em 2021, o Brasil exportou mais para a Ásia do que para a Europa, e o corredor se torna uma saída natural do escoamento produtivo do Chile, Argentina, Paraguai e Brasil.  

"Precisamos não só terminar as obras de modo físico, mas também organizar tratados e harmonizá-los entre os envolvidos. Temos instrumentos modernos e acordos que vão permitir o livre trânsito de caminhões e mercadorias por essa via. No mundo de hoje exige muito a competitividade e o corredor vai nos permitir isso", disse o ministro.

O ministro Carlos Franco afirma que o momento é para que os  representantes dos quatro países façam um apanhado das demandas, para que as decisões sejam de alto nível. "Para que o regionalismo seja forte vamos discutir consequências positivas em áreas de geração de emprego, cultura e turismo."

MS exporta 67% 

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) afirma que a rota bioceânica vai colocar o Estado entre os mais competitivos do país, por conta das condições de logística, geração de emprego, escoamento e incentivo ao comércio local, e turismo. Atualmente o exporta 67% da produção para a Ásia.

Agora, o momento é fazer tratados alfandegários e sobre as aduanas localizadas no caminho da rota. 

"Vejo que se conseguirmos construir as aduanas teremos agilidade em transportar com grande fluxo. Será um fluxo contínuo de cargas para exportação e importação. Agora é organizar as questões aduaneiras e imigrações. O que o corredor trará é competitividade além de incentivar a questão cultural e de turismo. Temos de desburocratizar o ir e vir desses produtos."

O senador Nelsinho Trad (PSD), que representou o bancada afirma que "todo e qualquer tratado deve passar pelos parlamentos dos países em que é feito."

"A missão é fazer com que esse projeto ganhe força no Paraguai, Argentina e Chile. Vamos incentivar que isso ocorra em todos os países para que haja geração de emprego e renda, e principalmente após a pandemia."

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa (PSDB) afirma que o momento é histórico, e que o evento vai parear os assuntos a serem trabalhados e como vai funcionar a rota.