Brasil tem 550 notificações da doença; deste número, 455 casos ainda são investigados, 72 confirmados e 23 descartados.

 Ministério divulga casos possíveis de febre amarela em Goiás e Mato Grosso do Sul
Vacina da febre amarela disponível no Sistema Único de Saúde (Foto: Aumenta a procura pela vacina de febre amarela na rede particular de saúde / Foto: Eder Ribeiro/ EPTV

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira (26) possíveis casos de febre amarela em Goiás e Mato Grosso do Sul. Até agora, as notificações tinham ocorrido em Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e no Distrito Federal.

O Brasil, no total, tem 550 casos de pacientes que chegaram aos centros de saúde com os sintomas da doença. Destes, 455 estão sob análise, 72 foram testados laboratorialmente com confirmação da presença do vírus e 23 foram descartados.

Em Goiás, a pessoa que pode ter sido infectada morreu. A notificação foi feita no Distrito Federal. O caso ainda está em investigação. Já a infecção que ocorreu em Mato Grosso do Sul foi notificada em Santa Catarina - o morador de Blumenau foi visitar a cidade de Bonito quando contraiu a doença.

Minas Gerais continua o estado com a maior quantidade de registros: 502. Destes, 415 ainda estão sob análise, 68 já foram confirmados e 19 foram descartados. Cinquenta e um municípios foram atingidos.

O segundo estado com mais registros de febre amarela é o Espírito Santo: são 33 notificações. Deste número, 32 ainda precisam de investigação e um caso foi confirmado. Dezoito municípios foram afetados.

A Baia teve sete notificações e uma confirmação; São Paulo tem três casos confirmados; os três casos registrados no Distrito Federal foram descartados.
 

Mortes por febre amarela
 
Desde o início dos registros, o Brasil recebeu 105 notificações de mortes por febre amarela. Em Minas, 98 mortes foram registradas - 61 estão em investigação, 37 foram confirmadas e nenhuma delas foi descartada. Os óbitos ocorreram em 26 municípios do estado.

Espírito Santo e São Paulo tiveram três notificações de morte pela doença cada - o governo paulista confirmou a presença do vírus nas vítimas.
 

Vacinação
 
Moradores ou pessoas que pretendem visitar regiões silvestres, rurais ou de mata devem se vacinar no Sistema Único de Saúde (SUS). A transmissão da doença, que ocorre pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabathes nessas regiões, é possível em grande parte do território brasileiro. O Aedes aegypti também é transmissor da febre amarela, mas apenas em área urbana.
 
Vale lembrar que, em situações de emergência, a vacina pode ser administrada já a partir dos 6 meses. O indicado, no entanto, é que bebês de 9 meses sejam vacinados pela primeira vez. Depois, recebam um segundo reforço aos 4 anos de idade. A vacina tem 95% de eficiência e demora cerca de 10 dias para garantir a imunização já após a primeira aplicação.

Pessoas com mais de 5 anos de idade devem se vacinar e receber a segunda dose após 10 anos. Idosos precisam ir ao médico para avaliar os riscos de receber a imunização.

Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos, grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.