A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul abriu um inquérito militar contra um cabo e um sargento por causa de mensagens trocadas em um grupo do WhatsApp. De acordo com o advogado Gerson Almada Gonzaga que representa a Associação dos Subtenentes e Sargentos de MS e também é presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MS, os militares irão depor sem saber as reais causas da abertura do inquérito militar.

O grupo da rede social é formado por policiais formados em 2015. O advogado também disse que não conseguiu uma cópia do relatório do inquérito no Comando Geral da Polícia Militar nesta terça-feira (10). Ainda nesta terça, foi dada entrada em um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para impedir o prosseguimento do inquérito.

“Isso é uma forma de coronelismo. Creio que eles vão ouvir todos desse grupo. Vou chegar com duas pessoas lá que sequer sabem o motivo pelo que serão ouvidos. O inquérito não tem justa causa e ofende frontalmente direitos e garantias fundamentais previstas na Constituição Federal”, disse. Os dois policiais serão ouvidos na manhã desta sexta-feira (11) no Comando Geral da PM.