Menino de 9 anos é baleado dentro de Sesi
Asafe foi a segunda vítima de bala perdida do fim de semana. / Foto: Reprodução

O menino Asafe Willian Costa, de 9 anos, foi atingido por uma bala perdida na cabeça dentro do Sesi de Honório Gurgel, na Zona Norte do Rio, onde passava o domingo com sua família. Por volta das 15h, ele saiu da piscina — onde estavam sua mãe e uma de suas irmãs — para beber água na área do playground quando foi atingido no olho esquerdo por uma bala. O local fica na proximidade dos complexos do Chapadão e da Pedreira, principais redutos de duas facções do tráfico.

Segundo Diná Costa, mãe de Asafe, após ser baleado, ele não recebeu atendimento dentro do Sesi.

— Não havia nem ambulância no local. Tivemos que levar ele de carro até o hospital — afirmou.

Ele foi internado no Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na Zona Norte, com a bala alojada no olho esquerdo. Após uma cirurgia para limpeza da área, foi transferido para o Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. No momento, Asafe está sedado no Centro de Terapia Intensiva. Segundo nota do hospital, o estado de saúde do garoto é grave.

O menino foi a segunda vítima de bala perdida no fim de semana. Larissa de Carvalho, de 4 anos, morreu após ser atingida na cabeça por uma bala perdida, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ela estava na companhia dos pais e passava pela esquina das ruas Boiobi e Rio da Prata, no fim da tarde de sábado, quando foi ferida. A polícia investiga de onde foi feito o disparo.

Em nota, Sesi nega falta de atendimento

A assessoria de imprensa Sesi divulgou nota alegando ter prestado os primeiros socorros a Asafe: "Na tarde do último domingo (18.01), uma criança que usava as dependências do Clube SESI, em Honório Gurgel, caiu desacordada, com um ferimento na cabeça. Dois profissionais do SESI prestaram os primeiros socorros, enquanto foi solicitado o atendimento de uma ambulância do SAMU. O protocolo de atendimento recomendado pelo médico da SAMU foi seguido. Os pais da criança preferiram não esperar a chegada do socorro médico e levaram o menino para o hospital mais próximo. O SESI já entrou em contato com a família e continua à disposição para qualquer necessidade".