Mulher de 27 anos não tem a guarda do filho e, por medo de novo abuso, se escondeu com a criança.

Menino conta que foi estuprado por funcionário do pai e mãe procura a polícia
Fachada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, onde caso foi registrado. / Foto: Paulo Francis

Mulher de 27 anos procurou a polícia para denunciar um estupro contra seu filho de 6. O menino teria sido abusado por um funcionário do pai, que não acreditou em seu relato. O caso foi registrado na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Conselho Tutelar também foi acionado.

Ao Campo Grande News, a mulher contou que a guarda do menino é do pai desde o mês de abril deste ano, no entanto, em agosto foi procurada pelo ex-marido pedindo que ela ficasse com o filho por um tempo indeterminado visto que estaria passando por problemas pessoais e não tinha com quem deixar a criança.

No entanto, no dia 8 de outubro o menino afirmou que queria ver o pai, pois estava com muitas saudades dele. Ela então levou o filho até a loja do ex-marido e dois dias depois a criança voltou para sua casa por volta das 12h.

Segundo a mãe, no dia 14 do mês passado ela foi trabalhar e o menino ficou com a avó materna. “Foi quando ele contou o que tinha acontecido nos dias em que ficou com o pai. Minha mãe me ligou desesperada e eu voltai para casa. No dia seguinte fomos na psicóloga e ela me pediu para procurar a polícia”, afirma a mulher.

Na delegacia, o menino contou que o rapaz que trabalhava com o pai dele havia passado a mão em seu corpo e colocado o órgão genital em sua boca, em seguida o acusado então começou a se masturbar. A criança disse também que o autor usava um boné e falou que estava escrito “vou te matar”. A vítima então teria saído correndo e gritando para o pai o que tinha acontecido e o suspeito foi mandado embora.

À polícia, a mãe do menino relatou que em nenhum momento foi avisada pelo ex-marido sobre o que teria acontecido e que tem medo de deixar a criança visitar novamente o pai por não saber se o autor ainda estaria trabalhando no local.

“Estou tentando uma liminar de guarda provisória para poder dar entrada no pedido de guarda. Ele me ameaça, dizendo que vai buscar a criança. Eu tenho medo do que pode acontecer. Eu tenho tudo comprovando que ele foi abusado, judicialmente a guarda é do pai, mas ele está comigo e eu não posso deixá-lo voltar para lá”, alegou a mulher.

O caso foi levado ao Conselho Tutelar e registrado na DEPCA como estupro de vulnerável e está sendo investigado.