Médico mencionou arma à esposa antes de ser encontrado morto em BMW

Francis Giovani Celestino, de 31 anos, encontrado morto na manhã do dia 22 de janeiro, fazia uso de remédios controlados, conforme informado pelo delegado responsável pelo caso, Edemilson José Holler. A polícia acredita que o médico cometeu suicídio e, como prova, ele chegou a enviar mensagem para a esposa, se despedindo.

De acordo com o delegado Holler, da 6ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, médicos que trabalhavam com Francis e a esposa dele foram ouvidos e uma das testemunhas chegou a afirmar que ele sofria de transtorno bipolar. No carro em que foi encontrado morto, uma BMW, também foram encontrados vários remédios. “Ele usava remédios controlados, tarja preta”, afirma o delegado.

Segundo o delegado Edemilson, Francis usava Ritalina, Rivotril, Depakote, remédios tarja preta, além de Stavigile. Os medicamentos são usados para tratamentos de TAB (Transtorno Afetivo Bipolar), enxaqueca, transtorno de deficit de atenção, hiperatividade, transtornos de ansiedade e do humor e controle de sono. Para o delegado Holler, Francis sofria muita pressão, pois não tinha horários de descanso, o que pode ter levado ao suicídio. “O trabalho sobrecarregou ele”, afirma o delegado.

A Polícia Civil ainda aguarda resultados de laudos periciais do local do crime, da arma e exame residuográfico, mas não tem dúvidas de que o médico tirou a própria vida. “Analisamos as últimas conversas do celular dele. Ele pediu perdão e se despediu da mulher”, afirma o delegado Holler. Francis ainda saiu dos grupos de WhatsApp, o que seria o início do “ritual da decisão de suicídio”, segundo a polícia.

Também de acordo com o delegado Edemilson Holler, nas últimas mensagens enviadas para a esposa, Francis disse “Não precisa se preocupar. Tenho a 938 [pistola] carregada no carro, vou só me sedar um pouco”. Segundo a polícia, o médico teria ingerido medicamentos antes de morrer. A médica psiquiatra que receitou os remédios para Francis deve ser ouvida, mas acredita-se que ele mesmo pediu que ela receitasse os medicamentos.

O caso segue tratado como suicídio e, segundo a polícia, não há qualquer indício de que se trate de assassinato.