Outros dois casos, um no interior e outro na capital, foram descartados pela Secretaria de Estado de Saúde.

Mato Grosso do Sul tem cinco casos suspeitos de febre maculosa
Carrapato-estrela, transmissor da doença febre maculosa. / Foto: Instituto Adolfo Lutz

Mato Grosso do Sul tem cinco casos suspeitos de febre maculosa. Outros dois foram descartados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), sendo de um homem de 29 de Ribas do Rio Pardo e de uma idosa de 63 anos, de Campo Grande.

Os outros cinco seguem em investigação pela pasta, um homem de 61 anos de Aquidauana; uma mulher de 48 anos de Figueirão; um idoso de 72 anos de Aparecida do Taboado e um homem de 61 anos de Campo Grande. De acordo com a SES todos estão em tratamento domiciliar.

Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) informou, na semana passada, que investiga um caso suspeito de febre maculosa em no município, a vítima é um menino de 1 ano que está internado em um hospital particular da Capital.

Em resposta ao Campo Grande News, a secretaria disse que a criança permanece internada, em observação e que o quadro é estável. O exame para comprovar, ou descartar a doença, está sendo feito no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, referência no diagnóstico da doença. Ainda não há previsão de quando o a pasta terá o resultado.

Contágio - De acordo com o doutor em Biologia Molecular e pesquisador da Embrapa, Renato Andreotti, que coordena uma linha de pesquisa relacionada ao controle de carrapatos, no núcleo de Sanidade Animal da Embrapa, as chances de contágio são baixas, mas dada a gravidade da doença e a rapidez da evolução para óbito, é necessário monitorar e controlar a proliferação, que acontece principalmente em áreas com vegetação abundante.

Ele explica que o contágio acontece a partir do contato do ser humano com o carrapato infectado e que, apesar de as capivaras serem o principal receptor em Mato Grosso do Sul, o agente transmissor pode ser encontrado em vários animais silvestres, e, inclusive, em animais domésticos que vivem soltos próximos aos terrenos baldios.

As principais áreas de risco são as matas e os campos. Trabalhadores rurais, turismo rural, moradores de áreas com vegetação abundante são a população mais exposta ao risco de contrair a doença. Crianças e idosos são mais suscetíveis às complicações do contágio.

O núcleo de Sanidade Animal, junto à Semed (Secretaria de Educação do Estado), tem realizado palestras em escolas municipais, alertando para os cuidados com a exposição às áreas de risco e animais possivelmente contaminados.

Sintomas - Os principais sintomas são febre, dor de cabeça intensa, náuseas e vômitos, diarreia e/ou dor abdominal, dor muscular constante, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, paralisia dos membros que inicia nas pernas e chega até os pulmões podendo causar parada respiratória.

Também podem aparecer manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, mas que podem aumentar em direção às palmas das mãos, braços ou solas dos pés.

Prevenção

Usar roupas claras, para ajudar a identificar o carrapato;

Usar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas;

Evitar andar em locais com grama ou vegetação alta;

Usar repelentes de insetos;

Verificar se você e seus animais de estimação estão com carrapatos.