Os ventos mais constantes devem variar entre 40 e 55 km/h no domingo (16), mas durante uma tempestade mais forte, as rajadas podem chegar a 70 ou até 80 km/h, de forma pontual.
Nesta quinta-feira (13), a atuação de um sistema de baixa pressão mantém o tempo instável sobre o estado de Mato Grosso do Sul. Até o momento, Campo Grande acumula 94,5 mm de chuva em 24 horas valor que representa mais da metade da média climatológica de novembro, estimada em 154 milímetros, segundo dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN).
Outros municípios também registraram volumes expressivos. Em Caracol, o acumulado nas últimas 24 horas chegou a 60 mm, 33 mm em Dois Irmãos do Buriti, enquanto em Bela Vista, no sudoeste do estado, o total foi ainda maior: 101,4 mm.
A presença do sistema de baixa pressão deve manter as condições para novas pancadas de chuva ao longo do dia, com possibilidade de granizo e de trovoadas isoladas em diversas regiões do estado. Na sexta-feira (14) e no sábado (15), as chuvas continuam, mas a maior mudança está prevista para o domingo (16), quando a chegada de uma frente fria deve intensificar as instabilidades e provocar chuva e ventos fortes em partes de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Fim de semana será marcado por mudanças rápidas no tempo
No domingo (16), uma frente fria avança do Rio Grande Sul em direção aos estados de Santa Catarina e Paraná, alcançando Mato Grosso do Sul e o oeste paulista ainda durante a tarde. O sistema deve se deslocar de forma relativamente rápida, mas provocar chuva forte em curtos períodos, acompanhada de raios e rajadas de vento que podem superar 50 km/h em alguns pontos.
Segundo a meteorologista Ana Clara Marques, da Climatempo, “essa frente fria avança acompanhada de uma corrente de ar quente e úmido vinda da Amazônia, o chamado Jato de Baixos Níveis (JBN), que leva grande quantidade de umidade do Norte do país para o interior do Sudeste. Essa combinação aumenta bastante o potencial para tempestades e rajadas de vento mais intensas.
O que vai acontecer?
A união da frente fria com o ar quente e úmido da Amazônia cria um ambiente favorável à formação de nuvens de tempestade (Cumulonimbus), capazes de provocar pancadas fortes, ventos e trovoadas, especialmente nas seguintes áreas:
· Mato Grosso do Sul: maior chance de chuva forte no sul e leste do estado, incluindo Três Lagoas, Paranaíba e Ponta Porã;
· São Paulo: destaque para o oeste e o centro do estado, com foco nas regiões de Araçatuba e Presidente Prudente.
· Santa Catarina: Chuvas fortes em todo o estado, com os maiores volumes concentrados nas áreas do oeste catarinense, especialmente entre o planalto e o Extremo-Oeste.
· Paraná: Maiores volumes concentrados nas áreas do oeste do estado, com pancadas fortes e acumulados significativos em alguns municípios
Apesar da intensidade, a chuva não deve durar o dia inteiro. O sistema passa rapidamente, mas as pancadas intensas e localizadas podem provocar quedas de galhos, transtornos em estradas e interrupções pontuais de energia elétrica.
E os ventos?
Os ventos mais constantes devem variar entre 40 e 55 km/h no domingo (16), mas durante uma tempestade mais forte, as rajadas podem chegar a 70 ou até 80 km/h, de forma pontual.
Essas rajadas mais intensas ocorrem junto às células de tempestade, e não em toda a região ao mesmo tempo.
O ciclone tem influência sobre este evento?
O ciclone extratropical que atuou no Sul do país nos últimos dias já se dissipou.
O sistema que agora influencia o tempo é uma nova frente fria, que se desloca rapidamente do Sul em direção ao interior do país.
Essa frente fria não tem relação direta com o ciclone e deve perder força gradualmente ao longo da manhã de segunda-feira (17). Ainda há possibilidade de chuva no início do dia, mas o tempo deve abrir no decorrer da tarde, com temperaturas mais amenas.
Em resumo:
O que vai acontecer: passagem rápida de frente fria com pancadas de chuva e raios.
· Por que: encontro do ar frio do Sul com o ar quente e úmido da Amazônia.
· Risco: ventos de 45 a 55 km/h em geral, podendo chegar a 70–80 km/h em tempestades isoladas.
· Duração: pancadas rápidas, principalmente no fim da tarde e à noite.
· Ciclone: já passou; o sistema atual é independente.











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