Segundo Flávio Dino, o perfil dos financiadores é variado, e contempla desde pequenos comerciantes a grandes empresários do agronegócio e colecionadores de armas.

Mato Grosso do Sul é o segundo estado com mais financiadores dos atos de vandalismo em Brasília
Mato Grosso do Sul é o segundo estado com mais financiadores dos atos de vandalismo em Brasília. / Foto: Agência Brasil

Desde o último domingo (8), o setor de inteligência do Ministério da Justiça investiga os responsáveis por planejar, executar e financiar os terroristas - como vêm sendo chamados pelo órgão de segurança - que invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional.

Segundo apuração da TVGlobo, os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo são os que mais possuem financiadores identificados até o momento.

 A investigação considera como financiador qualquer cidadão que tenha pago por transporte, alimentação e outros itens utilizados pelos manifestantes que invadiram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Governo Federal.

Durante coletiva, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que os primeiros financiadores a serem identificados foram os que pagaram pelos ônibus, que transportaram os vândalos à Brasília.

“Temos uma investigação em curso, que ainda vai ter muitos desdobramentos. Já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo em relação aos ônibus: aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os veículos. Estas pessoas já estão todas identificadas”, informou.

Ainda segundo Dino, o perfil dos financiadores é variado, e contempla desde pequenos comerciantes a grandes empresários do agronegócio e colecionadores de armas. Até o momento, há a confirmação de que os investigados pertencem a 10 unidades federativas do país.

Os estados com mais financiadores já identificados, até o momento de publicação desta matéria, são:

1º Paraná;

2º Mato Grosso do Sul;

3º São Paulo;

4º Santa Catarina;

5º Minas Gerais;

6º Mato Grosso;

7º Goiás.

Todos os dados levantados pelo setor de inteligência estão sendo compartilhados com a Polícia Federal.

Os financiadores poderão responder por associação criminosa e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito, por tentar destituir um governo legitimamente eleito, entre outros delitos previstos no Código Penal brasileiro.

O Ministério da Justiça possui um contato para a denúncia de financiadores dos atos antidemocráticos. Até o momento, foram feitas mais de 60 mil denúncias, que devem ser investigadas. As informações podem ser enviadas para denuncia@mj.gov.br.