Marun pede vista e adia votação de relatório que pede cassação de Cunha

O deputado Carlos Marun (PMDB) pediu vista durante reunião do Conselho de Ética onde ocorreria a leitura e votação do relatório que pede a cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), marcou a reunião para a próxima terça-feira (7), às 9h30 (horário de Brasília)

Antes do relator do processo, Marcos Rogério (DEM-RO), iniciar a leitura de seu voto (que chegou ao colegiado lacrado) Marun afirmou que pedirá vistas. O advogado do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Marcelo Nobre disse no início da sessão que há imprecisões no relatório.

 “Um processo não tem prazo específico para encerrar a não ser aquele do amadurecimento. Um processo só pode ser julgado quando estiver maduro. Todo mundo tem direito a um processo justo. Tem direito de exercer com plenitude a sua defesa”, disse o advogado.

Nobre também reafirmou que essa denúncia é natimorta e só se poderá afirmar que Eduardo Cunha tem conta no exterior se forem feitas “manobras”. “Não existe uma prova material de que existe conta no exterior em nome do meu cliente. Quem acusa tem que provar. Delator não prova nada. Ministério Público não faz prova de nada. Não tem uma linha sequer que diga que há conta no exterior em nome do meu cliente. A prova é material. Cadê a prova material? Cadê a prova de que o meu cliente tenha conta no exterior em nome dele? Manobra não vale”, comentou Nobre.