Maracaju: Reinaldo assina acordo e chineses devem investir mais de US$ 1 bi
Governador esteve em Brasília para assinatura de termo com grupo chinês. / Foto: Marcelo Bitencurt

O governador Reinaldo Azambuja assinou na manha desta terça-feira (19) acordo de cooperação com o grupo BBCAA e o Banco de Desenvolvimento da China (China Development Bank – CDB) para financiamento de projetos na área de esmagamento de grãos em Mato Grosso do Sul. A parceria com os grupos chineses foi assinada durante grande evento promovido pelo governo federal, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), onde a presidente Dilma Roussef e o primeiro-ministro da China, Li Kequiang, formalizaram 35 protocolos de parceria comercial, industrial, militar e de tecnologia.

A presidente agradeceu a presença do governador no evento e citou os investimentos que Mato Grosso do Sul vai ganhar com os acordos. Uma comitiva com mais de 150 empresários, banqueiros e industriais da China manteve contato com as autoridades durante todo o evento nesta terça-feira. Além dos acordo comerciais, a China oficializou a liberação do País para a exportação de carne para o mercado asiático, um dos maiores do mundo.

O Acordo

Ao sair da solenidade de mais de três horas no Palácio do Planalto, o governador explicou os benefícios para o estado com o documento assinado com as autoridades chinesas.

”O acordo consolida a parceria do Estado com os investidores do BBCA Group Corporation, responsáveis pela instalação de indústria de processamento de milho e soja no município de Maracaju”, disse.

A cooperação com o Grupo BBCAA e o Banco de Desenvolvimento da China (China Development Bank – CDB), este último sendo o financiador da indústria esmagadora de grãos em Maracaju, maior produtora de soja e de milho de Mato Grosso do Sul – com área cultivada de 243 mil e 220 mil hectares, respectivamente, segundo as informações da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja/MS), por meio do Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio .

Com investimentos estimados em US$ 1,21 bilhão e perspectiva de geração de 400 empregos diretos, a BBCA deve instalar ainda em 2015 a unidade com capacidade de processar toda a produção local de milho (1,25 milhão toneladas/ano) e 1 milhão de toneladas/ano de soja.

O projeto prevê ainda o beneficiamento de produtos derivados do milho – 150 mil toneladas de ácido cítrico, 60 mil toneladas de xarope de maltose, 300 mil toneladas de amido de milho, 60 mil toneladas de dextrose cristalina, 150 mil toneladas de lisina e outros; e da soja – 170 mil toneladas de óleo de soja e 810 mil toneladas de polpa de feijão.