Moradores reclamam do abandono do Conjunto e das falsas promessas de obras prometidas em período eleitoreiro.
A chuva que vem atingindo a cidade de Maracaju já alagou diversos pontos da cidade. Muitos bairros que já possuem histórico de alagamentos, começam novamente a sofrer com o descaso da prefeitura em realizar obras emergências necessárias para minimizar esses problemas.
Um dos bairros atingidos no sábado (5) foi o Conjunto Napoleão, onde sempre algumas ruas alagam por não possuir captação fluvial para escoar a água das chuvas, e o problema se agrava devido ao “Piscinão” (local de contenção de água) localizado as margens da BR 267, que com as fortes chuvas enche e transborda.
O pior é que o problema não é de agora, os moradores reclamam que desde que o conjunto começou a ser construído, sofrem com falta de rede esgoto, rede de captação de águas fluvial e iluminação pública adequada. Uma das ruas mais afetadas com a chuva é a Rua das Aroeiras.
Segundo a moradora Maria R. Mazer, o problema do alagamento acontece sempre, mesmo que o volume de chuva seja pequeno. “Pode chover pouco, que a rua onde moro já alaga. Sempre reclamamos, mas a prefeitura nunca veio resolver o nosso problema.”
A moradora afirmou que o problema é ocasionado pela vazão do “piscinão” que transborda, e em tempos de seca convivemos com o mau cheiro, devido a água acumulada e a falta de educação de inúmeras pessoas que jogam lixo no local, e até mesmos animais mortos, além da proliferação do mosquito da dengue. Ao lado do “piscinão”. “O piscinão precisava ser canalizado, porque está cheio de mato e lixo que alguns moradores daqui e de outros bairros jogam. Não conseguimos dormir por causa de tanto mosquito” finalizou a moradora.
Nossa equipe se deslocou para o local e podemos vivenciar o problema, vendo um grande volume de água, que transformava a Rua das Aroeiras em um córrego. Apesar da gravidade da situação nos deparamos com uma situação totalmente inusitada, ao qual um morador do Conjunto em protesto, navegava pela rua totalmente alagada usando um caiaque.
Várias residências foram tomadas pela enxurrada, ocasionando perdas de móveis e utensílios domésticos, além de propiciar muito trabalho aos moradores na retirada da sujeira e da lama de suas residências.
Foi tentado estabelecer comunicação com o coordenador da Defesa Civil do município, porém sem sucesso.
Em um desabafo, aos gritos, com a voz que chegava a falhar, uma moradora gritava para a nossa equipe: “Os políticos vampiros, não vêm aqui pôr o pé na lama? Cadê os nossos políticos, que em época de eleição passam aqui querendo “sugar votos”; e agora porque não estão aqui colocando o pé na lama? A gente paga mais e mais imposto e só recebemos promessas”.
Moradores da Rua Ipanema, no Conjunto BNH, também sofreram com a enchente e a revolta era semelhante aos moradores do Conjunto Napoleão, na tentativa de evitar que as águas avançassem suas residências, usaram sacos de areia nas entradas das residências, tentando barrar o seu avanço, porém sem muito sucesso.
As imagens anexadas na matéria e o vídeo do morador protestando usando um caiaque para navegar na Rua Das Aroeiras, já definem a realidade do sofrimento dos moradores atingidos pelas águas.
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