Mãe entrega filho que roubou e torturou idosa
David foi preso em Magé, na Baixada Fluminense. / Foto: Reprodução

Policiais da 14ª DP (Leblon) prenderam, no início da noite desta sexta-feira, em Magé, na Baixada Fluminense, David Raul de Carvalho Lemos, de 21 anos, acusado de ter roubado e torturado uma idosa de 90 anos em Ipanema, na Zona Sul do Rio, na madrugada do último dia 25. Foi a mãe do rapaz quem avisou à polícia o paradeiro do filho, que estava foragido. Ele não resistiu à prisão.

- O fato da mãe de David ter entregue o paradeiro dele mostra o quão bárbaro foi o crime - opina adelegada Monique Vidal, titular da 14ª DP.

O líder da quadrilha, Dubenes Aguiar de Olveira, a cuidadora da vítima, Patrícia Machado Sacramento, acusada de ser a mentora do crime, e o porteiro do edifício, Marcelo Pereira dos Santos, que teria facilitado a entrada dos criminosos, já tinham sido presos. A polícia ainda procura Rodrigo Rocha, também acusado de participar do assalto. Patrícia e Marcelo foram presos em flagrante na madrugada do último dia 26. Foi após a captura da dupla que a polícia identificou o resto do grupo.

Na noite do crime, poucos antes da invasão ao apartamento, câmeras de segurança flagraram a cuidadora conversando com os bandidos numa rua perto do prédio da idosa. Em seguida, ela volta para o edifício. Minutos depois, David e Rodrigo sobem para o apartamento. Dubenes ficou no carro, que foi usado no fim para transportar eletrodomésticos e joias que foram roubadas da residência da idosa. Os pertences roubados são avaliados em R$ 200 mil.

Segundo a polícia, Dubenes também é integrante de uma quadrilha especializada em roubar relógios de luxo, conhecida como "gangue do Rolex". Ele foi reconhecido por uma vítima que foi assaltada em setembro na Rua Barão da Torre, em Ipanema.

A idosa estava sozinha com a cuidadora em casa no momento do crime: a família da idosa mora no México. Ela é avó do ator mexicano Jaime Camil, protagonista da novela "A feia mais bela", exibida atualmente pelo SBT.

- Fiquei assustada. Não esperava isso dela (de Patrícia). Ela havia trabalhado aqui no reveilon de 2013, por isso a chamei de novo. Meu neto e o resto da minha família já sabem do que aconteceu. Agora que tudo acabou, minha família está mais tranquila. Não pretendo mudar do Rio. Quero continuar a morar aquii - disse a idosa.