Edna disse que o filho e o padrasto não se entendiam, mas as discussões eram verbais.

Mãe de rapaz morto pelo padrasto diz que filho estava transtornado
Édna mostra ferimento e diz que foi agredida pelo filho durante a confusão. / Foto: Henrique Kawaminami

A cabeleireira de 38 anos, identificada apenas como Edna, mãe de Douglas Bonifácio, de 20 anos, rapaz morto pelo padrasto na noite de ontem (7), disse que o filho estava transtornado e invadiu a sua casa com um facão. O crime aconteceu na Rua Dalila Barbosa Ferreira, no Residencial José Teruel Filho, em Campo Grande.

À equipe de reportagem, Edna contou que havia acabado de chegar com o esposo e a bebê de 6 meses, filha do casal, do acampamento onde trabalham em um lote, quando Douglas e o irmão de 17 anos, utilizando um facão, arrebentaram o portão, a porta e partiram para cima do padrasto. “Eu tentei segurar ele, só gritava para parar, que ia dar merda. Ele falava que ia matar meu esposo”, disse.

Segundo a mulher, ao tentar separar a briga, foi empurrada pelo filho, bateu a cabeça na parede, desmaiou e não viu mais nada. “Eu tô com medo da família achar que eu compactuei com o que aconteceu, mas ele [Douglas] me bateu e eu apaguei, toda hora que passa um carro aqui fico assustada”, lamentou.

Edna disse que o filho e o padrasto não se entendiam, mas as discussões eram verbais. “Ele não morava comigo, foi criado pela avó e depois tinha casado”, destacou.

Na briga, que terminou na morte de Douglas, o padrasto também sofreu ferimento na cabeça e foi levado para receber atendimento médico em uma unidade de saúde. Já o adolescente fugiu e ainda não há informação sobre o paradeiro dele.

Caso - Testemunhas contaram que havia várias pessoas na residência, quando aconteceu um desentendimento entre o homem e os enteados. A confusão evoluiu para agressão física e o suspeito acabou golpeando os irmãos. Douglas ficou gravemente ferido e foi socorrido por terceiros ao CRS (Centro Regional de Saúde) do Aero Rancho.

A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. A Polícia Militar, a Polícia Civil e Polícia Científica foram acionadas para fazer os primeiros levantamentos de praxe. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) para exame necroscópico.