Em números gerais, cerca de 150 mil pessoas não tomaram a primeira ou a segunda dose.

Liberação de máscaras depende da vacina em
Prefeito Marquinhos Trad não vai liberar uso de máscara. / Foto: Silas Lima

Liberar o uso de máscaras em Campo Grande só será possível se ao menos 50% dos negacionistas, que não vacinaram contra a covid-19, procurarem as unidades de saúde. A afirmação foi feita pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16).

O prefeito, que há algumas semanas havia comentado sobre a vontade em flexibilizar as máscaras, caso a cidade atingisse 70% de imunizados, agora mantém cautela e prefere não arriscar. A Capital já atingiu o percentual, mas ainda faltam 32 mil pessoas aplicarem a primeira dose e 77 mil retornarem para aplicação da segunda.

Marquinhos diz que, em números gerais, 150 mil pessoas ainda não estão imunizadas, por isso, a liberação das máscaras não será possível. 

"Eu não vou tomar decisão contrária à ciência. Só vai autorizar [a liberação de máscaras] se a gente trouxer pelo menos a metade desse público de 150 mil [que não vacinou ou deixou a segunda dose], que teimosamente não aplicou a vacina no braço", disse o prefeito. 

Trad destacou que se, pelo menos metade dos negacionistas se imunizarem nas próximas semanas, o uso de máscara pode deixar de ser obrigatório de maneira paulatina. "De maneira homeopática e não de uma hora para outra. Assim determina a ciência, e assim Campo Grande vai seguir."

Para Marquinhos, antes de decretar a liberação do item de segurança, o Executivo também analisará sobre os locais, tipo de evento, etc.

"Temos uma população de aproximadamente 915 mil e estamos beirando a 20% de não vacinados. De cada dez pessoas, duas entre nós não se vacinou, e essas duas podem levar o vírus para você, matar alguém da família e não é justo com a cidade."

"A ciência tinha pré-determinado entre 65% e 70% de imunizados, mas com essa nova onda, variante que se espalha, a própria ciência determinou que seria um risco tirar esse equipamento de proteção eficiente e barato. A própria população assimilou e nesse momento de tempo não há o que se falar nisso [ liberação das máscaras]."