Os adolescentes foram mortos por engano durante tentativa de assassinato em briga por pontos de drogas.

Justiça vai ouvir testemunhas de acusação na morte de Aysla e Silas em julho
Aysla e Silas foram mortos por engano. / Foto: Reprodução/Facebook

A Justiça definiu a primeira audiência para ouvir testemunhas de acusação na morte de Aysla e Silas, assassinados no Jardim das Hortênsias, em Campo Grande. 

A audiência foi marcada após a 2ª Vara do Tribunal do Juri da Comarca de Campo Grande receber a denúncia do Ministério Publico contra Kleverton Bibiano Apolinário da Silva, João Vitor de Souza Mendes,Nicollas Inácio Souza da Silva, Rafael Mendes de Souza e George Edilton, acusado pelo crime. Ela deverá acontecer às 13h30 do dia 31 de julho.

Segundo o juiz Aluizio Pereira dos Santos, o pedido foi deferido para que o processo seja tramitado quanto antes, pois não há prejuízos das defesas e por tratar-se de réus presos. Na audiência, as testemunhas e vítimas sobreviventes deverão ser ouvidas.

Apenas após a oitiva com a acusação, que as testemunhas de defesa serão ouvidas. Em seguida, deve ocorrer o interrogatório com os réus.

Os réus estão presos há cerca de duas semanas, quando as prisões em flagrantes foram convertidas em preventiva pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Eles são acusados de terem participado do plano para matar o jovem Pedro Henrique Silva Rodrigues e terem assassinado por engano Silas Ortiz Grizahay e de Aysla Carolina de Oliveira Neitzke, ambos de 13 anos, na noite do dia 3 de maio, no Jardim das Hortências, em Campo Grande

Eles passaram por audiência de custódia no dia 7, após terem sido presos no dia 5 em intensas diligências que reuniram GOI (Grupo de Operações e Investigações), Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e Batalhão de Choque.

O quinto indivíduo, João Vitor, de 19 anos, detido no final da tarde do dia 6, passou por audiência de custódia ao longo do dia 8, sendo também mantido preso preventivamente. Ele foi apontado como o autor dos disparos contra Pedro, mas que atingiram Silas e Aysla.

Dentre os indivíduos detidos, Kleverton Bibiano é o único que já estava preso cumprindo pena por roubo - ele é quem arquitetou o atentado de dentro do Presídio de Segurança Máxima.

Em coletiva, Guilherme Scucuglia Cezar e Pedro Henrique Pillar Cunha, ambos delegados do Garras, explicaram que o detento tinha um atrito com Pedro Henrique há algum tempo.

A briga em questão seria justamente por pontos ligados a venda de trocas na região do Jardim das Hortências, que também liga ao bairro Aero Rancho, dominado por uma facção criminosa atuante em várias áreas de Campo Grande, mas também de Mato Grosso do Sul.

Nas diligências, foram presos: Rafael Mendes de Souza, que teria 'alugado' a casa para que os membros desse grupo se reunissem e arquitetassem o plano, enquanto Nicollas Inacio Souza da Silva é quem pilotava a motocicleta, que era produto de roubo, e George Edilton Dantas Gomes, que estava envolvido no grupo criminoso atuando como motorista de aplicativo, mas que deu fuga para os dois indivíduos que teria cometido o crime na noite de sexta-feira.

Todos os quatro envolvidos citados foram autuados em flagrante e respondem por tentativa de homicídio e homicídio triplamente qualificado.