Os dois estão presos há mais de um mês

Justiça nega liminar e mantém assessor de Claudinho Serra preso por corrupção e lavagem
Os dois estão presos há mais de um mês / Foto:  (Reprodução)

Preso pela segunda vez junto com o ‘chefe’, Claudinho Serra, Carmo Name Júnior teve pedido de liberdade negado liminarmente (provisoriamente). Os dois foram presos junto com o empreiteiro Cleiton Nonato Correia (GC Obras), no dia 5 de junho, durante a 4ª fase da Operação Tromper, que investiga desvios milionários na prefeitura de Sidrolândia, cidade a 70 km de Campo Grande.

Conforme publicado no Diário da Justiça desta sexta-feira (18), o relator do HC (Habeas Corpus) é o desembargador José Ale Ahmad Netto.

Assim, o magistrado nega liminarmente o pedido e solicita informações ao juiz responsável pelo caso, que expediu o mandado de prisão.

Então, somente após o parecer do magistrado é que a 2ª Câmara Criminal vai deliberar sobre o HC.

Na semana passada, o mesmo colegiado analisou o caso de Claudinho Serra, apontado pelo Gaeco como o líder da corrupção, e negou a liberdade. O político já apresentou recurso, que ainda não foi apreciado pelo TJMS. O advogado Tiago Bunning já adiantou ao Midiamax que o caminho será o STJ.

Nesta nova etapa das investigações, eles e outras 11 pessoas já se tornaram réus por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Além deles, o empresário que controlava empresas de fachada para vencer licitações no esquema, Ueverton da Silva Macedo, o Frescura, também segue preso. Porém, ele está atrás das grades desde outubro do ano passado. Nesse tempo, chegou a ser condenado a 3 anos e meio de reclusão por obstrução da Justiça, por esconder em um bunker celular para evitar a apreensão pelo Gaeco.

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Operação Tromper
Com as primeiras fases, a investigação identificou a organização criminosa voltada para fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia.

O MPMS aponta na denúncia que o grupo criminoso agia para fraudar e direcionar licitações em Sidrolândia, favorecendo-se.

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Com isso, desviava valores desses contratos para os investigados. Claudinho, então secretário de Fazenda do município, seria mentor e teria cooptado outros servidores. Assim, o ex-vereador e outros dois alvos de mandados de prisão foram presos.

A 4ª fase da operação mirou mais de 20 pessoas ligadas à administração pública. A ação da 3ª Promotoria de Justiça de Sidrolândia, do Gecoc e do Gaeco cumpriu três mandados de prisão e 29 de busca e apreensão.

Aliás, a nova investida das autoridades contra o esquema de corrupção chefiado por Serra atingiu diretamente o núcleo familiar do político. O pai, Cláudio Jordão de Almeida Serra, e a esposa, Mariana Camilo de Almeida Serra — filha da ex-prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo —, foram indiciados.

Veja abaixo todos os réus na 4ª fase da Tromper:
Claudio Jordão de Almeida Serra Filho (preso) – apontado como o chefe do esquema;
Claudio Jordão de Almeida Serra – pai de Claudinho;
Mariana Camilo de Almeida Serra – esposa de Claudinho;
Carmo Name Júnior (preso) – assessor de Claudinho;
Jhorrara Souza dos Santos Name – esposa de Carmo Name;
Cleiton Nonato Correia (preso) – empreiteiro, dono da GC Obras;
Thiago Rodrigues Alves – intermediário de propinas entre as empreiteiras GC/AR e grupo de Claudinho;
Jéssica Barbosa Lemes – esposa de Thiago;
Valdemir Santos Monção (Nanau) – ex-assessor parlamentar;
Sandra Rui Jacques – empresária e esposa de Nanau;
Edmilson Rosa – Empresário;
Ueverton da Sila Macedo (Frescura) – empresário;
Juliana Paula da Silva – esposa de Ueverton;
Rafael de Paula da Silva – cunhado de Ueverton.