A defesa pediu a soltura alegando o risco provocado pela pandemia do novo coronavírus.

Justiça nega liberdade e mantém acusado de matar motociclista atrás das grades

O juiz de direito, Aluizio Pereira dos Santos indeferiu o pedido de liberdade provisória ingressado pelo advogado de defesa de Wilson Benevides de Souza, 30 anos, formulado no dia 17 de maio. 

Ele é acusado de atropelar e matar a motociclista Carla Jaqueline Miranda, 40 anos, no dia 27 de janeiro, na Avenida Prefeito Heráclito José Diniz de Figueiredo, região do Bairro Estrela do Sul, em Campo Grande.

O advogado Thiago Gomes Farias alega que é de conhecimento público que as penitenciárias não possuem capacidade para o número alto de presos e pede a soltura do acusado com urgência. 

Thiago destaca, ainda, a pandemia do novo coronavírus, que coloca em risco a vida de pessoas que permanecem aglomeradas. A defesa alega que o suspeito não tem como interferir no andamento do processo, caso esteja em liberdade.


A Justiça destaca que a questão da Covid-19 não ‘enseja, de plano, a soltura de todos os presos. Além disso, o STF na ADPF n. 347 bem esclareceu quais opções de prisão ou manutenção deveriam ser reavaliadas pelos juízes em razão do COVID-19, sendo que não contemplou os crimes que envolvessem violência ou grave ameaça, como é o presente caso”, diz a decisão.

Conforme a decisão, o acusado não se enquadra no grupo de risco elencado pela Organização Mundial da Saúde, já que tem, 30 anos e não possui comorbidades. 

Passagens
Ao todo, ele possui 47 ocorrências onde figura como autor ou testemunha.

Com várias passagens pela polícia, sua vida no crime começou enquanto adolescente, aos 17 anos, onde respondeu por ameaça e receptação.

Quando completou a maioridade, aos 18 anos, ele foi preso por ameaça (violência doméstica). Aos 21 anos, foi abordado por dirigir sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Aos 22 anos cometeu seu primeiro homicídio, no dia 25 de dezembro de 2012, no bairro São Conrado. Em 2013, cometeu seu segundo homicídio, ele foi acusado de matar um homem em uma festa no Jardim Imperial, em Campo Grande. Ambos os homicídios foram cometidos com arma de fogo.


Wilson também tem passagens por calúnia, tráfico de drogas e lesão corporal (violência doméstica) em 2019.