Caso aconteceu em 2015 e MP acusa empresa a pagar danos ambientais e materiais

Justiça marca audiência em ação que cobra empresa por morte de 6 mil peixes do Bioparque
Caso aconteceu em 2015 e MP acusa empresa a pagar danos ambientais e materiais / Foto: Morte de peixes no Bioparque (Foto: Arquivo, Secom-MS, Edemir Rodrigues)

Será realizada na próxima terça-feira (19) audiência sobre ação que cobra responsabilidade da Anambi Ambiental pela morte de 6.111 peixes durante a construção do Bioparque Pantanal, em 2015.

A ação é movida pelo Ministério Público cobra que a empresa repare os danos ambientais e materiais causados, além de dano moral coletivo.

Recentemente, a Justiça decidiu pela inversão do ônus da prova, ou seja, a Anambi é quem deverá comprovar que não houve irregularidades nas instalações da quarentena, onde os peixes morreram.

Isso porque, a promotora de Justiça Luz Marina Borges Maciel Pinheiro aponta que a falta de licenciamento ambiental válido para captura, manejo e quarentena resultou na morte de aproximadamente 31% dos peixes, totalizando mais de seis mil indivíduos durante o período de quarentena, realizado sem os protocolos sanitários e de biossegurança adequados.

Ainda, que a empresa teria sido negligente e indica ausência de separação entre peixes saudáveis e doentes, controle inadequado de água e temperatura, além de deficiências sanitárias e ausência de treinamento técnico, que agravaram ainda mais a mortandade.

Polêmica
Na época, o MP iniciou investigação e acabou se deparando com indícios de que pelo menos 10 mil espécimes se perderam em galpões da PMA (Polícia Militar Ambiental), mas o número foi corrigido pela 6.111. Após a repercussão do caso, o Governo do Estado rompeu o contrato com a empresa.

A variação de temperatura nos tanques pode ter causado o óbito dos animais. A Alems (Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul) chegou a acompanhar o caso.

Assim, em 2023, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa determinou a realização de perícia para esclarecer pontos controversos no processo e devido à “complexidade da matéria”.