Crime ocorreu no domingo em Campo Grande.

Justiça decreta prisão preventiva de suspeitos de latrocínio de PM da reserva
Crime ocorreu durante a madrugada de domingo, no Jardim Azaleia. / Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado

O juiz Mário José Esbalqueiro Júnior decretou na segunda-feira (8) a prisão preventiva dos três suspeitos do latrocínio (roubo seguido de morte) do sargento da Reserva da Política Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS) Valdecir Ferreira, de 59 anos. O crime ocorreu na madrugada de domingo (7) em Campo Grande.  

No pedido, a Polícia Civil apontou que a vítima foi encontrada morta por uma das filhas. A irmã recebeu a ligação de um estranho, que teria encontrado o telefone celular do pai em uma via pública. Em seguida, a mulher pediu para outra filha de Ferreira ir até a casa do pai.

Ela precisou subir sobre o muro para visualizar a casa e percebeu que o sargento da reserva estava deitado na cama e ferido.

A PMMS foi acionada, que precisou invadir o imóvel. Os suspeitos foram presos horas depois: um casal e outro homem. A mulher e o amigo permaneceram em silêncio durante depoimento, mas o namorado contou que o crime tinha sido planejado sem a suspeita, cuja ação seria ir à casa e roubar a vítima. Porém, o crime resultou na morte de Ferreira, e após a ação, o namorado ligou para que a suspeita fosse ao local buscar ele e o amigo.  

Em sua decisão, o magistrado plantonista apontou que um dos suspeitos já tem ficha criminal. “Verifica-se, in casu, pelas condições do delito, em especial pela natureza do crime, com emprego de grave ameaça e violência à pessoa, aliados aos maus antecedentes e demais fundamentos descritos, que também não autorizam a substituição por medidas cautelares diversas, não ser recomendável a concessão de medida cautelar mais branda”, escreveu Esbalqueiro Júnior.

O juiz ressaltou que, embora haja Recomendação do Conselho Nacional de Justiça acerca da máxima excepcionalidade na decretação de novas ordens de prisão preventiva, a gravidade do crime e a violência empregada não tornam recomendável a concessão de liberdade provisória ou de outra medida cautelar mais branda.

HISTÓRICO  

O crime ocorreu no Jardim Azaleia e os suspeitos foram presos no Jardim Tijuca. A mulher conhecia a vítima, segundo o delegado Guilherme Rocha.

Ela conhecia o sargento da reserva, que a teria convidado a ir à casa. “Eles foram ao local e beberam. O crime ocorreu entre 1h e 2h”, destacou. A faca usada no crime foi lavada e encontrada na casa da vítima.

O local foi revirado e a polícia acredita que o crime foi motivado por dinheiro. Além de cerca de R$ 500, os suspeitos levaram objetos pessoais do homem. “Levaram um tênis, caixa térmica e um perfume, por exemplo”, disse o delegado.

A polícia não revelou à reportagem do Correio do Estado os nomes e idades dos suspeitos.