Deputados defendem leis e regras específicas para as notícias falsas nas redes sociais.

Justiça ainda está aprendendo a lidar com fake news, avaliam deputados
Deputados Herculano Borges (SD) e Cabo Almi (PT), durante sessão. / Foto: Victor Chileno/ALMS

Os deputados avaliam que a Justiça Eleitoral tanto a nível nacional, como estadual, ainda está aprendendo a lidar com os casos de “fake news”, que se tornaram um dos temas centrais da eleição. Eles disseram que além de ser uma novidade, se precisa também de regras e leis mais específicas para coibir este crime.

“Se trata de um cenário novo em que a justiça está aprendendo na prática, o que se precisa é de um ponto de vista mais específico na legislação. Nós presenciamos muitas vezes fatos reais que eram ampliados, para gerar uma interpretação errada”, disse José Carlos Barbosa (DEM).

Para Cabo Almi (PT) esta “onda de desinformação” traz a necessidade de uma “regulação” das redes sociais, com leis mais específicas sobre o tema. “As mídias sociais são fundamentais, mas precisa de regras senão causa muitas injustiças. Já as autoridades ainda estão patinando, demorando para agir, até conceder direito de resposta”.

Herculano Borges (SD) avalia que no âmbito estadual houve menos casos de fake news, do que na disputa nacional, mas que trouxe prejuízo e atrapalhou as eleições. “Por aqui a intensidade foi menor, no entanto houveram grupos que lembraram votações de projetos para prejudicar deputados, mudando o contexto da situação”.

Já George Takimoto (MDB) entende que em estados menores como Mato Grosso do Sul, apesar de representar pouco a nível nacional, notícias falsas geram um “barulho maior” no eleitorado, com muitas difamações. “Sabemos que tem muitas mentiras, mas também houveram verdades que vieram à tona”. Na sua opinião a Justiça Eleitoral “deu conta do recado”.