Em dezembro de 2022, o conselheiro foi denunciado por corrupção, fraude e lavagem de dinheiro
Em Sessão Especial realizada na manhã desta quarta-feira (3), o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) elegeu o conselheiro Iran Coelho das Neves para o cargo de vice-presidente da Corte, concluindo o mandato remanescente do biênio 2025/2026.
A eleição suplementar foi convocada após a aposentadoria do conselheiro Jerson Domingos, que saiu de forma compulsória após completar 75 anos em novembro.
A escolha ocorreu em plenário virtual, conforme previsto no Edital de Convocação publicado no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal.
Iran Coelho voltou ao TCE em agosto, após ter sido afastado do cargo de presidente, em dezembro de 2022, por envolvimento em suposto crime de corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro. Na época, a decisão foi tomada pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Seu retorno a Corte, neste ano, atendeu a decisão proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em Habeas Corpus que suspendeu a medida cautelar de afastamento do conselheiro das suas funções.
Com a decisão, também foi revogado o Ato Convocatório nº 003/2023, que havia designado a conselheira substituta Patrícia Sarmento dos Santos para substituir o conselheiro. Com a saída de Jerson Domingos, Sérgio de Paula tornou-se conselheiro no último mês.
Envolvimento em fraudes
Em dezembro de 2022, a Polícia Federal apurou que Iran Coelho, na época presidente do TCE-MS, estava envolvido em um suposto crime de corrupção, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.
Com isso, o conselheiro foi afastado do cargo de comando e do próprio TCE pelo ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Posteriormente, ele renunciou do posto de presidente, deixando para Jerson Domingos assumir a função.
Na ocasião, pesou contra o conselheiro o fato de ter dado seguimento ao contrato supostamente fraudulento com a DataEasy, empresa pivô do esquema de corrupção no Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, investigada pela Polícia Federal.
Por meio da empresa DataEasy, cujo contrato teve início em 2019, na gestão de Waldir Neves na presidência, houve a suspeita de contratação de funcionários para fazer o mesmo papel de servidores concursados (cabide de emprego) e também de saques milionários (mais de R$ 9 milhões) em dinheiro vivo por meio da empresa, com destinação não rastreada.











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