Após cinco meses de investigações, a operação foi deflagrada e cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra grupo suspeito de fraudar auxílio emergencial.

Investigação aponta que fraudes em auxílio emergencial devem ultrapassar R$ 1,3 milhão
Operação ocorreu em Deodápolis. / Foto: Divulgação/PF

Na tarde desta quarta-feira (27), os delegados da Polícia Federal, Luiz Henrique Correia da Silva e Marcelo Guimarães Mascarenhas concederam uma entrevista coletiva para falar sobre a “Operação Inescrupulosos”, ocorrida nesta manhã (27/10) em Deodápolis.

Após cinco meses de investigações, a operação foi deflagrada e cumpriu dois mandados de busca e apreensão contra grupo suspeito de fraudar auxílio emergencial. De acordo com informações iniciais, a fraude deve ter ultrapassado R$ 1,3 milhão.

Segundo o delegado Henrique Correia da Silva, a quadrilha fraudava o auxílio emergencial, criando conta no aplicativo “Caixa Tem”, em nome de terceiros desavisados, por meio de dados pessoais. A partir disso, os indivíduos faziam transações, pagamentos de boletos e compras a nível nacional.

Muitas vezes, as pessoas tinham seus dados utilizados sem saber e acabavam sendo prejudicados ao tomarem conhecimento da fraude. À princípio, foi constatado a participação de muitos jovens, especificamente pessoas físicas. Ainda não há indícios de participação de empresas.

As investigações iniciaram quando populares denunciavam que teriam tentado sacar o auxílio, mas o valor não constava mais na conta.

Por isso, as informações registradas na BNFAE (Base Nacional de Fraudes ao Auxílio Emergencial), foram analisadas, dando início a operação.

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça Federal, com a finalidade de identificar a participação de outros envolvidos ou vítimas nas fraudes bancárias.

Ainda de acordo com os delegados da PF, todos aqueles que foram alertados que não poderiam ser beneficiados, mas continuam recebendo o auxílio emergencial, podem sofrer sanções.

Inescrupulosos 

Conforme informado pelo Dourados News, o nome da operação faz alusão ao modo como atuavam os suspeitos. Eles se aproveitaram da pandemia do coronavírus para fraudar o auxílio emergencial pago pelo governo federal a pessoas em situação de vulnerabilidade diante do cenário.  Além da Polícia Federal, participam da ação o Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, Caixa, Receita Federal, TCU (Tribunal de Contas da União) e CGU (Controladoria-Geral da União).