Segundo o presidente do BC, o ponto máximo já deveria ter sido atingido em janeiro, mas uma quebra na safra de grãos e alta do petróleo não permitiram.

Inflação deve começar a cair após pico entre abril e maio, diz Campos Neto
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa de cerimônia no Palácio do Planalto 09/12/2021. / Foto: REUTERS/Adriano Machado

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o pico da inflação brasileira é esperado para abril ou maio deste ano. Segundo ele, o ponto máximo já deveria ter sido atingido em janeiro, mas uma quebra na safra de grãos e alta do petróleo não permitiram.

“Acho que agora (o pico) será entre abril e maio. Depois veremos uma queda da inflação de forma um pouco mais rápida', afirmou nesta sexta-feira (11), em evento promovido pela Esfera Brasil.

O chefe da autoridade monetária do Brasil reforçou que o combate à pressão inflacionária no país está mais avançado do que em outros países. Ainda assim, ele ponderou que os movimentos da pressão sobre os preços mundiais nos próximos meses dependerá de como a inflação se comportará no mundo desenvolvido, “especialmente nos Estados Unidos'.

Campos Neto explicou que, apesar dos esforços do governo e do BC para o controle da inflação os prêmios de longo prazo no país continuam alto. “(Isso porque) medidas sobre preços de curto prazo não têm efeito estrutural sobre a inflação', comentou.