A Paróquia São Francisco de Sales sofreu com o a profanação do sacrário.

Igreja volta a ser alvo de invasão e vandalismo em Campo Grande
A igreja teve objetos roubados e o sacrário profanado. / Foto: Divulgação

A Paróquia São Francisco de Sales, da Comunidade Maria Mãe da Igreja, foi alvo de ladrões no último fim de semana. Na madrugada do domingo (12), a igreja localizada no bairro Ana Maria Couto sofreu com o a profanação do sacrário, um pequeno cofre colocado sob o altar.

Segundo o pároco da igreja, o padre Paulo Haiber, as igrejas têm sido alvo frequente da ação de ladrões, que roubam objetos como cálices, mesa de som e microfone. A Paróquia São Francisco de Sales foi alvo de invasão pela segunda vez, mas desta vez a violação foi ainda pior, afirma o pároco.

“Na madrugada do domingo, eles profanaram o santíssimo sacramento, que é o corpo do senhor que a gente deixa no Sacrário. A comunidade perde a dignidade de templo religioso, é fechado, a comunidade é convidada a rezar e fazer penitência”, explica.

O padre explica que é um momento triste para a igreja, já que os bens materiais são fruto do trabalho de cada pessoa da comunidade, mas o que realmente preocupa é a indiferença com a espiritualidade.  “Pior ainda é ferir o bem espiritual, não existe para o cristão católico nada maior do que o corpo do senhor na hóstia sagrada, é o mal espiritual o grande problema”, explica.

Ataques a templos religiosos

O pároco Paulo Haiber afirma que nas últimas semanas, outros templos católicos também sofreram com invasões e roubos, é o caso da Comunidade Matriz São Francisco de Sales, e a Paróquia São João Bosco.

No mês passado, a Paróquia Santo Antônio também sofreu arrombamento, quando foi destruído o sacrário. Em todas as situações foi registrado o Boletim de Ocorrência e a suspeita é de que o invasor não seja apenas uma pessoa.

O padre conta que após a sequência de ataques às igrejas, o objetivo é comprar equipamentos de vigilância, como câmeras, para inibir as invasões.

“A comunidade tem que recuperar o que foi roubado nestas três igrejas, que dá em torno de R$ 10 mil. Além disso, precisamos de R$ 6 mil para colocar os alarmes. Começamos a pensar como vamos conseguir o dinheiro, mas é um lugar pobre, não temos em caixa, vivemos de doações”.