Está proibida a matança de javalis, antes autorizada para controle populacional da espécie. A norma foi aprovada esta semana pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Apesar da nova instrução normativa, o Ibama continua considerando o javali e seus híbridos espécies invasoras e nocivas para as florestas nativas, os seres humanos e o meio ambiente. Nesse sentido, em caso se emergência ou de forma circunstancial, o órgão deve autorizar a caça destes animais para preservar as colheitas.
Foi criado um grupo de trabalho para definir propostas alternativas que permitam melhorar a eficácia do controle e minimizar o impacto destes animais, considerados exóticos.
O grupo terá representantes das superintendências do Ibama em Mato Grosso do Sul, além dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Acre, Maranhão, de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e da Bahia.
De acordo com chefe da divisão de Proteção Ambiental do Ibama MS, Luiz Benatti, técnicos ambientais do Ibama estão reunidos em Porto alegre para discutir o assunto. "Na semana que vem já teremos mais informações", disse. Lei revogada
Com a nova norma, está revogada uma lei que autorizava o controle da população de javalis, que eram capturados ou abatidos sem que as autoridades tivessem qualquer registro.
O mamífero, o mais conhecido das espécies de porcos selvagens, foi trazido da Europa nos anos 90 para a criação em cativeiro na Argentina e Uruguai, escapou ao controle e causa danos às plantações. Após ingressar pelo Rio Grande do Sul, avançou progressivamente pelo Brasil.
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