O julgamento terá início às 8 horas, no Fórum Heitor Medeiros.

Homem que tentou envenenar patrão e pai será julgado hoje na Capital
/ Foto: TJMS

As duas varas do Tribunal do Júri da Capital realizarão nesta semana dois julgamentos. Entre as ações penais, está pautado para hoje (12), o júri popular de um homem acusado de tentativa de homicídio contra um empresário e o pai por envenenamento. Conforme o processo, o crime aconteceu em um frigorífico no bairro Nova Campo Grande, no horário de trabalho das vítimas. O julgamento terá início às 8 horas, no Fórum Heitor Medeiros.

Segundo os autos, no dia 16 de dezembro de 2009, por volta das 9 horas, o réu tentou matar o patrão, proprietário de um frigorífico da Capital, e o pai que é pecuarista, com uso de veneno. As vítimas ingeriram suco de laranja no estabelecimento, que foi servido pela funcionária deles. Logo após, começaram a sentir náuseas, vômitos, sudoreses e tonturas, motivo pelo qual buscaram atendimento médico, onde foram medicados com suspeita de envenenamento.

De acordo com o depoimento da vítima, a copeira levava o suco de laranja para ele e seu pai frequentemente. Ele revela que no dia do ocorrido percebeu que a bebida apresentava um odor muito forte aparentando cheiro de tinner e que tomou apenas meio copo do líquido. Sustenta que em aproximadamente cinco minutos teve uma indisposição, ficou tonto e teve uma quebra brusca da pressão arterial e foi levado ao hospital junto com o seu pai, que sentiu os mesmos sintomas. Afirma que receberam atendimento médico, onde foi injetado um soro e antídoto contra veneno.

Após o fato, a copeira foi intimada para prestar depoimento e esclareceu que, no dia dos fatos, o réu disse que queria falar com ela, indagando-a se ela comia da fruta e do suco de seu patrão, ela respondeu que sim, momento em que o acusado a orientou para não comer e não tomar do suco. Conta que quando começou a preparar a bebida, o acusado chegou a porta da copa e perguntou se tinha álcool, ela disse que sim, e que ficava no banheiro, e o réu pediu para ela pegar. Alega que, antes mesmo dela sair do interior do banheiro, o réu já estava no corredor atrás dela,  momento em que entregou o álcool e retornou até a copa para terminar a bebida.

Sustenta ainda que, quando terminou o suco, levou até o empresário e o pecuarista e, ao retornar para a copa, percebeu que a bebida estava estranha, com um cheiro muito forte assemelhado a tinner, então voltou para a sala das vítimas e pediu para que elas não bebessem tal suco, pois estava com cheiro esquisito, porém eles já haviam tomado. Revela que recolheu a bebida, e logo em seguida eles começaram a sentir mal estar, dizendo que estavam com a cabeça tonta, momento em que foram socorridos e levados até o hospital.

Diante do exposto, o juiz titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, pronunciou o réu no artigo 413 do Código de Processo Penal. E no artigo 121, § 2º, inciso III c/c art. 14, inciso II (tentativa de homicídio, com emprego de veneno), em relação às duas vítimas.