Caso seria o maior já registrado no país, segundo o Ministério Público

Um homem de 38 anos foi preso na quinta-feira (10) no departamento de Santa Cruz, na Bolívia, por armazenar mais de 6 mil arquivos com conteúdo sexual explícito envolvendo crianças e adolescentes. Segundo o jornal El Deber, essa seria o maior caso de pedofilia já registrado no país vizinho.
“O envolvimento total e completo desse indivíduo em abuso e exploração sexual infantil foi identificado, com mais de 6.000 arquivos apreendidos, tornando este o maior caso desse tipo registrado no país”, declarou o promotor Alberto Zeballos.
O suspeito já havia sido indiciado por abuso sexual e pornografia agravada.
“A operação resultou na apreensão de aparelhos eletrônicos e roupas íntimas infantis , itens que reforçam a hipótese de uma rede de pedofilia e exploração sexual atuando por meio digital e, possivelmente, físico”, explicou Zeballos.
As investigações apontaram que o homem pode integrar uma rede de exploração sexual infantil com atuação em várias regiões da Bolívia. O Ministério Público não descarta novas prisões.
“Esse indivíduo operava em ambientes digitais, como mídias sociais, plataformas de nuvem e até compartilhava conteúdo em canais de transmissão”, pontuou.
O suspeito está preso e aguarda data para prestar depoimento perante o Ministério Público. A expectativa é que seja pedida a prisão preventiva na audiência preliminar.
As investigações prosseguem, agora com a análise forense dos dispositivos apreendidos para identificar as vítimas e determinar se outros indivíduos estão envolvidos. O suspeito vai responder por pornografia infantil, abuso infantil e exploração sexual.
Mudança na lei boliviana sobre pornografia infantil
Ao El Deber, o promotor ainda pediu à Assembleia Legislativa Plurinacional a aprovar com urgência o projeto de lei para a proteção da integridade sexual em ambientes digitais. A matéria tipifica os crimes de abuso sexual cometidos por meios digitais, e melhorar a identificação e punição.
“Este caso demonstra a urgência de regulamentações modernas que protejam nossas crianças desse tipo de crime digital cada vez mais prevalente e sofisticado”, destacou Zeballos.
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