Holanda desenvolve aplicativo para identificar torcedores violentos
A Federação Holandesa estuda medidas para evitar a violência / Foto: Getty Images

A Federação de Futebol da Holanda (KNVB, na sigla em holandês) está desenvolvendo um aplicativo que coleta impressões digitais para identificar e impedir que torcedores condenados entrem nos estádios nas partidas do campeonato nacional, informou nesta quinta-feira a rede de televisão "NOS".

Os testes realizados provaram a eficácia do sistema, mas ainda resta saber se o projeto será respaldado pelos munícipios e seus responsáveis, afirmou o porta-voz da entidade, Hans van Kastel, à emissora estatal.

O sistema utiliza tecnologia GPS para determinar através das impressões digitais onde se encontram os torcedores violentos.

"O que queremos saber é se eles se encontram ou não perto dos estádios", explicou van Kastel à "NOS".

Durante a atual temporada, existem um total de 1.335 proibições de entrada vigentes nos estádios na Holanda, das quais 890 são novas, de acordo com os dados da KNVB.

A federação holandesa considera que o aplicativo seria mais barato e mais eficaz que o atual sistema de informação.

Os torcedores que estão proibidos de acessar os locais de jogo devem se apresentar nas delegacias de polícia locais no dia das partidas, informa o portal de notícias "DutchNews".

A KNVB assegura que não existem obstáculos legais para introduzir as impressões digitais dos torcedores condenados no aplicativo, que foi avaliado já em uma série de testes pelos clubes RKC Waalwijk e NEC.

Os torcedores violentos que aceitaram participar do teste receberam uma proibição mais curta de entrada nos estádios.

O ministro da Justiça da Holanda, Ard van der Steur, afirmou a "NOS" que um "sistema de informação digital" fazia parte de uma nova legislação introduzida no ano passado.

O sistema está sendo desenvolvido pela empresa especializada em segurança G4S, que afirma que este também poderia ser aplicado em casos nos quais se proíbe a entrada em clubes noturnos e casas de festa, informa o "DutchNews".