Marido diz que famílias foram acordadas com bombas e armas apontadas para o rosto.

Welica Vitória Perez, 18 anos, perdeu o bebê, de quatro meses de gestação, durante despejo de um terreno, onde ela e mais 69 famílias invadiram, na segunda-feira (13), no Jardim Los Angeles, em Campo Grande. O marido diz que o aborto é fruto de agressão psicológica e truculência, vindas da Guarda Civil Metropolitana.
Josinei de Araújo da Silva, 26 anos, conta que este seria o primeiro filho dos dois. Ele detalhou que apontaram arma para o rosto da esposa e jogaram bombas de gás onde as famílias estavam.
‘’Ela mostrou a carteirinha de gestante e eles [guardas civis] falaram: 'que se f*', relatou o marido.
Sobre a gestação, Josinei diz que Wélica começou a sentir dores e pequenos sangramentos ainda na segunda-feira. No entanto, foi na noite de terça-feira (14), por volta das 22h, que a vítima teve sangramento intenso e hemorragia.
A vítima foi levada para a Maternidade Cândido Mariano, onde passou a noite, mas só por volta das 11h desta quarta-feira (15), é que soube que tinha perdido o neném. O marido classifica como descaso a demora ao informar sobre o aborto à mãe.
Drama
Welica e Josinei viviam de aluguel, no bairro Santa Luzia, ao custo de R$ 700. Ele conta que perdeu o emprego e não conseguiu mais pagar a conta. Sendo assim, se reuniu com outras famílias na mesma situação e entraram no terreno, que fica na rua Brígida de Mello, esquina com a Triângulo, no Jardim Los Angeles.
Josieni descreveu a ação da GCM como truculenta.
''Se tivesse ordem judicial, eles tinham que ter notificado e dar uns dias para a gente sair. Não poderiam tacar bala, bomba. Só chegaram a tirando e jogando bomba'', lamentou o desempregado.
Entramos em contato com a GCM e aguardamos resposta.
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