O governo estadual, por meio do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), publicou o primeiro termo de compromisso com uma empresa interessada em oferecer projetos que ofereçam novas possibilidades na matriz energética do Estado, uma meta ousada de R$ 7,5 bilhões em investimentos.

“Dentro do projeto Estado Carbono Neutro trabalhamos a mudança de nossa matriz energética com a implantação do conceito de energia limpa e renovável. Já estamos agindo nesse sentido com o estímulo às usinas termelétricas de biomassa. Tem sido uma ação integrada da Semade com o Imasul para dar resposta às demandas que temos recebido de forma célere e responsável”, explicou o titular da Semade (Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Jaime Verruck.

A meta inicial do governo é instalar no Estado 20 projetos de usinas solares fotovoltaicas (que produzem energia elétrica a partir dos raios solares para distribuição e comercialização) para a empresa espanhola Solatio Energia Project Management na Região do Bolsão, em uma área total de 3,7 mil hectares.

A publicação feita no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (16), prevê como atividade uma ‘Usina Eólic a e/ou Solar acima de 10 há de área útil’ a ser instalada no município de Cassilândia, ao custo previsto de R$ 5 bilhões, tendo neste primeiro momento R$ 26,5 milhões a título de compensação ambiental, com prazo de conclusão dos trabalhos de 48 meses.  

“Nosso foco agora é o da energia fotovoltaica e a entrega dessa licença é de grande importância, pois abre a perspectiva de um novo negócio para o Estado”, afirmou o secretário Jaime Verruck.

Segundo o governo, quando concluídas, as usinas juntas terão capacidade de gerar 1200 MW, energia suficiente para abastecer 600 mil residências.

Na última semana, representantes da Solatio se reuniram com a administração tucana e revelaram o tamanho do empreendimento em solo brasileiro. “Cassilândia e Paranaíba já são os maiores projetos da Solatio, são o maior projeto brasileiro e um dos maiores do mundo. Não é algo que deverá ficar somente no papel”, disse Luiz Gustavo Gallo Villa.

A empresa recebeu do governo uma licença prévia, que vai lhe permitir realizar o processo de habilitação para o 1º leilão de reserva da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a ser realizado no dia 29 de julho.

Mato Grosso do Sul é o único Estado da Região Centro-Oeste a participar deste leilão de reserva da EPE. “Alguns estudos já apontaram que a incidência solar em nosso Estado é bastante propícia ao desenvolvimento de projetos na área de energia fotovoltaica. Esse diferencial competitivo está sendo comprovado com o número de projetos que se interessam em se instalar em nossa região”, frisou Verruck.

O representante da empresa espanhola revelou que das 20 usinas previstas para o Estado, 13 serão instaladas em Cassilândia, com capacidade de geração de 800 MW e outras 7 em Paranaíba, com potencial de gerar outros 400 MW. No total, são 3700 hectares de terra com placas fotovoltaicas. A previsão é de que sejam gerados 1,5 mil empregos na etapa de implantação e 450 na fase de operação.