O ministro Raul Jungmann, do Ministério da Segurança Pública, veio a Campo Grande para o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira.

Governo federal quer unir Estados no combate à violência no país
Ministro Raul Jungmann durante Fórum Permanente de Segurança na Fronteira. / Foto: Saul Schramm

Trabalhos integrados, com troca de informações e operações conjuntas entre os estados brasileiros. É assim que o ministro Raul Jungmann, do Ministério da Segurança Pública, descreveu o futuro da segurança pública na Brasil durante o Fórum Permanente de Segurança na Fronteira, realizado na manhã desta quinta-feira (19) na sede da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

Durante palestra, o ministro reforçou a criação do Sistema Único de Segurança, projeto semelhante ao SUS (Sistema Único de Saúde). “O Brasil até hoje não tinha um sistema e nem uma política nacional de segurança para dar o rumo em relação a investimento, recursos e projetos, que pudessem combater a violência e o crime organizado”.


Segundo Jungmann, até então, cada estado é responsável pela própria polícia de segurança, e não tinham recursos carimbados para a área em nível nacional, como ocorre com a saúde e educação.

“Diante disso, foi criado Ministério da Segurança Pública no começo do ano e agora Sistema Único de Segurança Pública, que vai permitir o uso de banco de dados, operações e análises de inteligências de forma integrada entre os estados, municípios e união”, detalhou o ministro.

Entre os principais benefícios do programa, o ministro destaca a troca de informações entre os estados, impossível de ser feita com facilidade atualmente, já que cada estado trabalha com um sistema diferente. Para que o projeto seja consolidada, o Governo Federal estipulou um plano de 10 anos.

“Para isso, será criada uma procuradoria que vai avaliar metas, indicadores e os dados enviados pelos estados. Aquele [estado] que não cooperar, pode perder recursos federais em segurança”, afirmou o ministro.

Hoje o ministério conta com um investimento carimbado de aproximadamente R$ 800 milhões, mas conforme Jungmann, nos próximos anos pode chegar a R$ 4 bilhões. A divisão dos recursos será feita com base na população, índice de criminalidade, e ainda com o compromisso que cada estado firmará com a união.

Jungmann ressaltou ainda que após o período eleitoral os estados terão acesso a uma linha de financiamento liberada pelo BNDES, que conta com um total de 40 bilhões disponíveis para investimentos em segurança.