Funcionária pública para de tomar remédio e emagrece 50 kg com saúde
A funcionária pública teve como principal motivação a vontade de brincar com o filho. / Foto: Aline do Prado/Arquivo Pessoal

Aline Cristina Rosa do Prado, de 28 anos, começou a tomar remédios para emagrecer quando tinha 18 por influência do namorado da época, que era muito preocupado com sua forma física. Seu peso, 65 kg, já era adequado, mas ela queria ser ainda mais magra.

Durante seis anos, a funcionária pública de Ibiá (MG) teve o hábito de recorrer a remédios toda vez que engordava um pouco. Nesta época, chegou aos 47 kg, peso considerado baixo demais para sua altura. Quando terminou o relacionamento, resolveu não recorrer mais aos remédios.

Ao engravidar de seu atual marido, Aline já estava com 107 kg. A gestação teve algumas complicações relacionadas à obesidade e seu filho nasceu com 36 semanas. “Na gravidez, tive uma alimentação desregrada. Queria comer tudo o que eu não podia comer antes: sorvete, refrigerante. Tinha esse pensamento”, diz.

Ela amamentou por oito meses e continuou comendo com exagero. “Todo mundo falava que dar de mamar emagrecia. Mas isso não aconteceu comigo.”

Quando seu filho fez 1 ano e estava começando a andar, Aline sentiu o quanto o peso estava limitando sua vida. “Sofri demais nessa época porque tinha que ter pique para agachar, levantar e eu não tinha disposição para brincar com ele no chão, ajudar a andar. Fiquei muito chateada porque não fui eu que ensinei ele a andar.”

Ela decidiu, então, consultar uma nutricionista. A última vez que tinha se pesado tinha sido no início da gravidez. Quando viu que tinha chegado a 122,3 kg, levou um susto. “Queria morrer, fiquei desesperada.”

Quando a nutricionista disse que ela teria que comer de 3 em 3 horas, Aline se surpreendeu. “Pensei: essa mulher é doida. Nunca vou emagrecer comendo tanto. Mas como não tinha opção, resolvi seguir. Comprei as coisas da dieta e fiz direitinho.”

No retorno, 15 dias depois, ela já tinha emagrecido 5 kg. Três meses depois, tinha perdido 19 kg. “Como estava sempre perdendo peso e me alimentando bem, fui empolgando cada vez mais. Quatro meses depois, comecei a academia.”

Mesmo não sendo muito fã de exercícios, ela começou a frequentar a academia de segunda a sábado. No domingo, pratica corrida. “Não gosto de ir à academia para falar a verdade, mas sei que tenho que ir. Antes era um sacrifício, hoje vou de boa, mas não adoro. Tiro motivação de ver os resultados.”

A alimentação de Aline muda a cada 15 dias, de acordo com as orientações de sua nutricionista. A única coisa que abandonou de vez foi o refrigerante. “Minha dieta é muito rica em alimentos naturais que aceleram o metabolismo. Tomo chás, sucos com gengibre, canela, chia.” Ela dá preferência a alimentos integrais e carnes brancas, além de frutas, verduras e legumes.

Aline conta que a mudança mais importante que o emagrecimento provocou em sua vida foi o ganho de saúde e disposição para brincar com o filho. “Além de tudo, a autoestima melhorou muito.”

O marido, uma das pessoas que mais deu apoio durante a dieta, também resolveu mudar a alimentação e, nos últimos meses, emagreceu 16 kg. Hoje, Aline está com 72 kg, mas ainda tem vontade de emagrecer um pouco mais e chegar aos 65 kg.