Frente a frente, presos por torturar garoto mantêm avó como mentora do crime

Em aproximadamente 1h30 de acareação, três pessoas presas sob acusação de torturar um menino de 4 anos, durante supostos rituais de magia negra, mantiveram as versões dadas nos depoimentos em separado. A polícia colocou frente a frente o tio-avô da criança, de 46 anos, a mãe dele, de 60 anos, e o primo, de 18. A tia-avó do menino, também presa, em Corumbá, não participou. Na acareação, os três mantiveram os depoimentos já prestados à polícia.  Os homens afirmam que a mulher foi a mentora do crime e ela nega.

A previsão da polícia é concluir a investigação esta semana. De acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), os três já haviam prestado depoimento para o delegado, mas separadamente e, como as afirmações eram contraditórias, foram colocados na mesma sala para darem as versões sobre os fatos.

Os tios-avós adotaram a criança quando ela foi retirada dos pais, dependentes químicos.

Para o delegado, a avó adotiva da criança é uma pessoa fria, articulada e que guarda os atos que praticou para si. Segundo Lauretto, o genro da idosa e o hovem ainda sustentam a versão de que ela é a mentora dos crimes e que seria a 'cabeça' dos rituais de magia negra.

Durante a acareação, o delegado diz que os dois presos afirmavam que a elateria planejado os rituais, mas a mulher negava os fatos a todo tempo. Ainda conforme Lauretto, mulher dizia que as testemunhas que a denunciaram são mentirosas. Ela foi presa na segunda-feira (29), mediante mandado de prisão expedido pelo Judiciário.

De acordo com a polícia, o garoto de 4 anos vítima das sessões de tortura, deve ser ouvido pela Vara da Infância e Juventude após recuperar-se. Os familiares envolvidos seguem presos e responderão por tortura e associação criminosa. O menino está na Santa Casa de Campo Grande e a previsão de alta é pra