Como parte da nova etapa, investigadores da PF cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores.
 
                                                
                                            Um nome de peso da política partidária nacional passou a integrar a lista de investigados da Polícia Federal (PF) no âmbito da oitava fase da Operação Overclean, deflagrada nesta sexta-feira (31/10). Segundo apuração da coluna, Luiz França, secretário nacional do Podemos, está entre os alvos das novas medidas autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação mira um esquema milionário que teria manipulado licitações, sustentado desvios de recursos federais, irrigado campanhas políticas e lavado dinheiro por meio de contratos públicos em diferentes regiões do país.
Mandados em quatro estados
Como parte da nova etapa, investigadores da PF cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de valores atribuídos ao grupo, em endereços no Distrito Federal, São Paulo, Palmas e Gurupi, no Tocantins.
Esta fase conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal, que atuam no rastreamento do patrimônio suspeito de origem ilícita.
Os investigados podem responder por organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.
O esquema
A Overclean teve origem ainda em 2024, quando a PF identificou fraudes em contratos ligados ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). De acordo com as investigações, recursos de emendas parlamentares teriam sido destinados a obras superfaturadas e serviços inexistentes em municípios da Bahia.
O esquema, que chegou a movimentar mais de R$ 1,4 bilhão, se repetia em diferentes cidades com o uso de empresas de fachada para simular concorrência.
Avanço sobre figuras de Brasília
A apuração cresceu e passou a alcançar nomes com foro privilegiado, incluindo membros do União Brasil. Em fases anteriores, celulares e documentos foram apreendidos com parlamentares e operadores próximos a eles.
Agora, com Luiz França na mira, o foco se expande também para o Podemos, partido que integra a base de negociações políticas no Congresso.
A inclusão de um dirigente partidário de projeção nacional sugere que as próximas etapas da operação podem atingir instâncias mais altas do poder político.
Investigação segue no Supremo
Como há investigados com mandato federal e status de dirigente partidário, o processo permanece sob a relatoria do STF. O tribunal autorizou, além das buscas, o bloqueio de valores para impedir que o patrimônio obtido com o suposto esquema seja dissipado antes do fim da investigação.
A assessoria de Luiz França e do Podemos foi procurada para comentar o caso. Até a publicação desta reportagem, não houve resposta.















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