Como já era esperado e defendido por grande parte dos diretórios estaduais, inclusive o de Mato Grosso do Sul, o PMDB decidiu sair da base aliada à presidente da República Dilma Rousseff (PT). O anuncio foi na tarde desta terça-feira (29) pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), após reunião com mais de 100 integrantes da cúpula anacional.

Peemedebistas sul-mato-grossenses consideram a atitude tardia e se dizem livres para votarem à favor do impeachment da petistas. Todos os cargos e ministérios ocupados pela sigla serão entregues, conforma ata assinada durante a reunião. O deputado federal Carlos Marum explicou que o PMDB estadual não possuía funções portanto “Vamos sair do que nunca entramos”, avaliou.

“Mas antes tarde do que nunca. Estamos convencidos de que vai haver impeachment e seremos um governo multipartidário”, disse já contando com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) no lugar de Dilma. Mesmo assim, negou que haja conversa no sentido de discutir distribuição de ministérios.

“Nada foi falado neste sentido com o Temer”. A senadora Simone Tebet segue essa mesma linha, porém mais ponderada. “Não podemos falar por outros partido, mas o PMDB é a favor do impeachment. Acredito que 75% dos deputados são. Agora com saída (do PMDB da base) vamos ter liberdade para votar”.

Temer não participou da reunião que oficializou o rompimento para não “influenciar” na decisão. Embora o apoio à Dilma nunca tenha sido integral, o PMDB é considerado determinante no processo de impeachment porque detém a maior bancada, com 65 deputados federais.