O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito civil para apurar possível improbidade administrativa e pediu o cancelamento do Carnaval por parte do executivo de Sonora, município distante 370 quilômetros de Campo Grande. Anteriormente, o órgão já havia recomendado a suspensão da festa em Rio Brilhante, Ivinhema, Fátima do Sul, Ribas do Rio Pardo e Jardim.

De acordo com a nova recomendação, publicada nesta quarta-feira (3), no Diário Oficial do MPE, o executivo deve priorizar investimentos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura do munícipio de Sonora.

A sugestão de cancelamento partiu da promotora de Justiça Ana Carolina Lopes de Mendonça Castro. Para a decisão, ela considerou diversos fatores, como por exemplo, irregularidades constatadas no Aterro Sanitário, já alvo de inquérito do MPE e que persiste há mais de cinco anos. Outras situações apontadas foram a falta de medicamentos e a precariedade do transporte público.

Ainda segundo a promotora, a prefeitura alega falta de recursos para cumprir demandas da saúde, educação e infraestrutura do município, considerados prioritários para o interesse público.

Com a a recomendação, a prefeitura tem 10 dias para responder se acata pelo cancelamento das festividades. Em caso negativo, o MPE poderá entrar com medidas administrativas e ações judiciais cabíveis contra o executivo.

Em janeiro, o prefeito de Sonora, Yuri Valeis (PSDB)  já havia informado que não iria realizar o carnaval de rua, mas garantiu apoiar a realização de no Balneário Por do Sol. Por consequência desta parceria, todos os dias do "Carna Sonora" estavam previstos para acontecerem com entrada franca.

O MPE já havia enviado o mesmo tipo de recomendação para os municípios de Rio Brilhante, Ivinhema, Fátima do Sul, Ribas do Rio Pardo e Jardim. As cidades de Rio Verde de Mato Grosso e Bonito não receberam notificação MPE, mas optaram, por conta própria, pelo cancelamento da festa.