Famosa ladra de joias volta a ser presa aos 85 anos
Famosa ladra de joias, americana Doris Payne, de 85 anos, voltou a ser presa na Geórgia. / Foto: Fulton County Sheriffs Office/AP

Famosa ladra de joias, a americana Doris Payne, de 85 anos, voltou a ser presa na última sexta-feira (23) depois que roubou um par de brincos de uma joalheria de um shopping de luxo em Atlanta, no estado da Geórgia (EUA).

Payne é uma ladra de fama internacional. Em seu currículo estão furtos de várias pedras preciosas em luxuosas lojas de Nova York (EUA), Las Vegas (EUA), Londres (Inglaterra), Paris (França), Monte Carlo (Mônaco) e Tóquio (Japão).

Em 1999, após passar pequenas temporadas em prisões dos estados de Ohio, Kentucky, Virgínia Ocidental e Wisconsin, foi condenada a 12 anos em prisão por furtar um anel de diamantes de cinco quilates em uma loja em Denver (Colorado).

Em 2005, conseguiu liberdade condicional e decidiu continuar os crimes em outros estados, como Nevada, onde furtou um anel avaliado em US$ 8,5 mil, e na Califórnia, onde se atreveu em uma loja de Neiman Marcus com outro anel de platina e três diamantes cujo preço alcançava US$ 31,5 mil.

Quando foi interrogada sobre o fato, a mulher admitiu a culpa e as autoridades escreveram no relatório policial: Doris Payne, de profissão, "ladra de joias".

Foi condenada a uma pena entre dois e cinco anos. E em 2008, de novo, conquistou condicional. Em 2014, foi condenada por um tribunal do condado de Riverside, na Califórnia, a quatro anos, sendo dois deles de condicional.

Payne, nascida em Slab Fork (Virgínia Ocidental) em 1930, nunca teve receio em contar à imprensa seus feitos de ladra, já que dedicou ao crime mais de cinco décadas e usou mais de 20 disfarces.

Seu personagem era conhecido à perfeição. Sempre vestia roupas excelentes, agradava pelos gestos delicados e transparecia aos vendedores uma conduta irrepreensível, se fazendo passar por uma senhora rica.

A chave dos roubos residia na sua grande habilidade com as mãos. Seu 'modus operandi' era simples. Experimentava um anel atrás do outro, causando confusão ao atendente.

"Pedia pelo menos cinco joias, normalmente esmeraldas e diamantes. Quando decidia qual roubar, o colocava no dedo e fazia com que o atendente visse o anel em seu dedo. Então distrai o encarregado e pedia mais joias. Era o momento para mudar a joia de mão e mostrar ao funcionário que não havia mais nada na mão", explicou o jornal "Los Angeles Times" em 2008.

Payne, filha de um mineiro analfabeto, manifestou ao jornal que roubou seu primeiro diamante - avaliado em US$ 22 mil - aos 23 anos, com a esperança de obter o dinheiro suficiente para que sua mãe deixasse o marido, um homem violento abusava dela.

A partir daí, não largou a vida do crime. Até o ponto que declarou não saber mais a quantidade de joias furtadas.