No caso da oleaginosa, houve retração de 89,83%.

Exportações de soja e milho caem em janeiro
Milho produzido em território sul-mato-grossense teve 82 mil toneladas exportadas em janeiro. / Foto: Arquivo/Dourados News

Dados do mais recente boletim Casa Rural da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), divulgado na sexta-feira (14), revelam que as exportações de soja e de milho caíram em janeiro deste ano no comparativo com o primeiro mês de 2019.

No caso da oleaginosa, houve retração de 89,83%. Já o cereal teve queda de 52,41%. As informações foram obtidas pela entidade sul-mato-grossense a partir da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Quanto à soja em grãos, o Estado comercializou 3,5 mil de toneladas em janeiro, volume 89,83% inferior ao do primeiro mês de 2019. Com isso, a receita de US$ 1,2 milhão representou queda de 90,3% no mesmo comparativo.

Ao detalhar que o Brasil exportou 1,4 milhão de toneladas no mês passado (retração de 26,87% no comparativo com igual período de 2019) e faturou US$ 513 milhões (retração de 33,23%), o levantamento indica que “o recuo nas exportações da oleaginosa no mês de janeiro é sazonalmente baixo, por ser um período em que o país ainda está apenas no início da colheita e o baixo excedente de passagem, mas esse menor movimento de grãos foi atípico”.

Para Mato Grosso do Sul, a China segue como principal destino das exportações de soja em grão. No mês passado respondendo o país asiático comprou 3,2 mil toneladas, pelo que pagou US$ 1,1 milhão, valor que representa 90,14% do faturamento estadual com as exportações dessa commoditie.

Já o milho produzido em território sul-mato-grossense teve 82 mil toneladas exportadas em janeiro. Esse volume rendeu US$ 14 milhões, queda de 52,41% em relação ao primeiro mês do ano passado.

Em âmbito nacional, as exportações do cereal totalizaram 2,2 milhões de toneladas, retração de 40,70% no mesmo comparativo, enquanto as receitas superaram US$ 388 milhões, mas representaram queda de 41,09%.

Para o setor produtivo estadual, o principal destino do milho no mercado externo é o Japão, que comprou 53.161 toneladas ao custo de US$ 9 milhões, 66,28% de todo o volume exportado por Mato Grosso do Sul desse produto.

Situação diferente foi observada com o volume exportado de farelo de soja, que totalizou 71 mil toneladas em janeiro de 2020, avanço de 12,13% no comparativo com 2019, mas as receitas de US$ 24 milhões indicam queda de 12,43%.

A Famasul também cita levantamento realizado pela Granos Corretora para informar que até 10 de fevereiro o Estado já havia comercializado 46,50% da safra de soja 2019/20, avanço de 8 pontos percentuais comparado a mesmo índice apresentando em igual período em relação à safra 2018/19. No entanto, a colheita segue atrasada por causa do plantio tardio decorrente da falta de chuvas.

O milho, por sua vez, ainda no início da fase de cultivo justamente por causa da colheita tardia da soja, teve 19,30% vendidos nessa safra, atraso de 5 pontos percentuais comparado a mesmo índice apresentando em igual período em relação à safrinha 2019.