Família de um cabo do Exército Brasileiro cogita até morte por engano.

Grande parte dos assassinatos em Campo Grande envolvem vítimas com extensa ficha policial e membros de facções criminosas. No entanto, em dois casos recentes - um no Jardim Macaúbas e um no Parque do Lageado, os executados eram tidos como trabalhadores, sem envolvimento com a marginalidade.
O primeiro caso que chama a atenção foi o assassinato do cabo do Exército Brasileiro, Dionathan Goldoni Vilhalba, 26 anos, na tarde de 14 de dezembro do ano passado. Ele almoçava em um estabelecimento na avenida dos Cafezais, no bairro Macaúbas, quando três homens desceram de um Fiat Uno e dispararam contra ele.
Vilhalba teria sido seguido pelos suspeitos, disseram testemunhas no dia do crime. Ele chegou a ser socorrido à UPA Universitário, onde morreu. A esposa e o cunhado dele, que estavam no local, também foram feridos.
A família do militar crê até na possibilidade de execução por engano, já que Dionathan não tinha rixa com ninguém.
"Meu Deus, que tristeza. Um rapaz alegre, cheio de vida, que trabalhava com a esposa na loja. Um casal novo e trabalhador'', garantiu uma amiga ao se despedir da vítima nas redes sociais.
Lageado
Lucas Ferreira Sanabria foi executado com, ao menos, cinco tiros, na noite de sábado (7). Ele era dono de uma conveniência, na avenida Cenira Soares Magalhães, no Parque Lageado e atendia os clientes pela grade. Em dado momento, um suspeito pediu uma cerveja e disparou vários tiros à queima-roupa.
Sanabria chegou a ser socorrido, mas também não resistiu.
No local do crime, o TopMídiaNews questionou os vizinhos sobre a vida do comerciante. Quatro pessoas garantiram que nunca viram Lucas envolvido com o crime e que era trabalhador.
Honesto
Uma prima de Lucas foi ao local do crime, horas depois, e implorou ao delegado Lucas Caires, que se empenhasse na investigação, já que considera a morte do familiar ''uma covardia''.
''... espero que encontrem logo quem fez isso com ele, um homem honesto, trabalhador, pessoa do bem, para alguém cometer um crime assim", disse a prima do rapaz, que saiu rápido do local, sem responder as demais perguntas do repórter.
Os dois casos são investigados pela 5ª DP. Ao menos um deles, o de Lucas Sanabria, está aos cuidados do delegado Rauali Kind. Tentamos contato com o policial, mas não houve retorno.
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