A 28ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada nesta terça-feira (12), pela Polícia Federal, e teve como principais alvos o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e a Construtora OAS. A ação acontece menos de 12 horas após a aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na comissão especial da Câmara que analisou o caso.

Argello foi detido preventivamente. Ao todo, a PF cumpriu 21 mandados judiciais nas cidades de Brasília, no Rio de Janeiro, em Taguatinga (DF) e São Paulo. Os agentes denominaram de ‘Vitória de Pirro’ a atual fase da operação.

O objetivo desta vez, segundo a Polícia Federal, é a apurar irregularidades na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Senado e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigaram irregularidades na Petrobras em 2014. Gim Argello era vice-presidente da comissão, que funcionou em 2014. Ele nega as acusações.

A força-tarefa da Lava Jato suspeita que pelo menos um senador tenha recebido doações eleitorais legais de empreiteiras em troca de evitar a convocação de executivos para depor nas comissões parlamentares.

Além da prisão do ex-senador, essa 28º fase da Lava Jato cumpre mais dois mandados de prisão temporária, quatro de condução coercitiva e 21 ordens judiciais de busca e apreensão.

Pirro

O nome da operação resulta do rei grego, Pirro de Épiro ((319/318 a.C.-272 a.C), que dedicou sua vida a confrontos mortais com Roma. A literatura helênica revela que em uma de suas campanhas bélicas, Pirro teria respondido a quem lhe parabenizava pelo sucesso em uma batalha que, ‘outra vitória como esta vai me destruir para sempre’.