Maurílio foi um dos alvos da operação 'Dark Money', desencadeada pela Dracco na quarta-feira (22) dentro das investigações de um suposto esquema de corrupção que teria desviado R$ 23 milhões dos cofres públicos.

Ex-prefeito de Maracaju se apresenta à polícia e está preso na capital
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Procurado pela polícia após ter prisão decretada por envolvimento em desvio de dinheiro público, o ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja (MDB), se apresentou em Campo Grande após tentativas frustradas da defesa de conseguir um habeas corpus junto à Justiça.

Conforme as informações apuradas até o momento, Maurílio se apresentou na sede do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) da capital junto de um advogado, por volta das 19h desta sexta-feira (24).

Ele passou por exame de corpo de delito e foi transferido para a carceragem da 3ª Delegacia de Polícia Civil. Conforme o Campo Grande News, o advogado do ex-prefeito informou que ele deve prestar depoimento na segunda-feira (27).

Maurílio foi um dos alvos da operação 'Dark Money', desencadeada pela Dracco na quarta-feira (22) dentro das investigações de um suposto esquema de corrupção que teria desviado R$ 23 milhões dos cofres públicos de Maracaju entre os anos de 2019 e 2020, período de administração dele.  

Dos sete mandados de prisão que tinham sido expedidos, apenas o de Maurílio não tinha sido cumprido. 

Também foram alvo da ação e de mandados de prisão o ex-secretário de Finanças Lenilso Carvalho Antunes, Daiana Cristina Kuhn, que também atuou na Secretaria de Finanças, Iasmim Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor.

O esquema

De acordo com as investigações, foi constatado a existência de uma conta bancária usada de fechada onde houve a movimentação de mais de 150 repasses de recursos financeiros em menos de um ano.

Nesse negócio, integrantes do alto escalão da administração municipal emitiram mais de 600 lâminas de cheques, totalizando a quantia estipulada pelos investigadores, “sem qualquer lastro jurídico para amparar os pagamentos”. 

Ainda de acordo com o Dracco, muitas empresas beneficiadas com o dinheiro não mantinham relação jurídica com a prefeitura (licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira). 

Também não foram encontradas notas fiscais relacionadas aos serviços prestados e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.