O militar foi alvo de operação pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira
O policial militar Wellington da Silva Cruz foi denunciado para a Polícia Federal pela ex-esposa, a mesma que tentou matá-lo, em agosto do ano passado, em Jaguará do Sul, no norte catarinense. O militar foi alvo da Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3).
Ao todo, foram cumpridos pela Polícia Federal oito mandados de busca e apreensão em Campo Grande e outro em São Paulo. Na capital sul-mato-grossense, uma loja de assistência técnica e um depósito, de propriedade do policial, foram interditados.
Segundo o delegado Anezio Rosa de Andrade, chefe da Delefaz (Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários), a denúncia partiu da ex-esposa de Wellington.
“Ele foi denunciado pela ex-esposa, que estava tendo seus documentos pessoais usados de forma indevida para a constituição de pessoas jurídicas de fachada”, pontuou.
Tentativa de homicídio
A ex, que é médica, é a mesma que, no ano passado, atirou três vezes contra o policial militar em um flat alugado em Santa Catarina. A arma utilizada foi uma pistola 9 mm.
Na época, o militar havia saído de Campo Grande para visitar o filho, de 8 anos, do casal — após uma autorização judicial. Contudo, na manhã do dia 11 de agosto, a ex teria invadido o apartamento no qual ele estava hospedado e efetuado os disparos.
As investigações apontam que, na época, a mulher conseguiu burlar as duas camadas de segurança do prédio — que incluíam reconhecimento facial e o uso de uma tag — antes de se esconder em um armário.
Em decorrência da tentativa de homicídio, o militar precisou ficar internado por 20 dias; sendo assim, passou mais de 40 dias em cadeiras de rodas e quatro meses com muletas, segundo o ND+.
Operação Uxoris
As investigações se iniciaram após a ex-mulher do líder da quadrilha denunciar o uso indevido de seus documentos pessoais para a constituição de pessoas jurídicas de fachada a fim de cometer os crimes.
Durante as investigações, foi identificado que a quadrilha é especializada na importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias de origem estrangeira. Entre as mercadorias, estão capas de celulares e eletrônicos, que eram distribuídos para todo o Brasil por meio de plataformas de marketplace e lojas físicas de Campo Grande.
Segundo a PF e a Receita Federal, os eletrônicos não tinham documentação fiscal e regularização perante os órgãos de controle aduaneiro.
Modus operandi
Também durante as investigações, foi apurado pela polícia que a quadrilha usava a modalidade conhecida como ‘dólar-cabo’ para fazer os pagamentos das mercadorias. Os criminosos realizavam as remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.
A quadrilha praticava, ainda, ocultação e dissimulação da origem ilícita dos ganhos obtidos.











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