Eles também são acusados de inserirem outros produtos na cantina.

Ex-diretor e agente da Agepen se tornam réus por desvio de dinheiro da cantina

No fim de janeiro, o juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, recebeu a denúncia contra Paulo da Silva Godoy e Hugo Alexsander Rodrigues Pereira. Ex-diretor e agente da Máxima, respectivamente, eles são acusados de desviarem valores e causarem dano na ordem de R$ 55 mil.

Conforme a peça, foi feito pedido pela acusação para perda de bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio de R$ 27.081,83 e R$ 101.853,76, além do ressarcimento integral do dano que estima em R$ 55.158,82. Além dos valores, foi feito pedido de perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos, pagamento de multa civil de 3 vezes o valor do dano e proibição de contratar com Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais por 10 anos.

Durante as investigações, foi apurado que na época dos crimes Paulo e Hugo eram então diretor e agente do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Presídio de Segurança Máxima. Hugo era ainda responsável pela cantina e os dois teriam entrado com material não autorizado no local, para revenda ou distribuição não permitida aos presos.

O mesmo fato já foi denunciado pelo Midiamax quando o presídio estava sob comando de outro diretor, substituído aproximadamente dois meses após a matéria por Paulo Godoy. Em 21 de dezembro de 2018, Hugo e Paulo chegaram ao presídio e estacionaram a viatura do lado de fora. Depois, Hugo entrou na unidade passando pela portaria, onde foi feita vistoria superficial, já que era uma viatura oficial conduzida por agente penitenciário.

Logo ele acionou os detentos que trabalhavam na cantina para desembarcarem e guardarem as mercadorias. Em 23 de dezembro foram apreendidos 47 pacotes de carne a vácuo nas cantinas dos Pavilhões I e II. Foi apurado que, durante a gestão de Paulo Godoy, entre junho de 2017 a fevereiro de 2019, não foram lançadas notas fiscais no sistema, nem foi feito repasse ao Funpes (Fundo Penitenciário Nacional).