Estudante que tinha pré-diabete emagrece 46 kg e recupera saúde
Mussa decidiu mudar a alimentação quando endocrinologista o alertou sobre problemas de saúde: ele passou de 163 kg para 90 kg. / Foto: Mussa Bakri/Arquivo pessoal

O estudante de direito Mussa Bakri, de 19 anos, convivia com o sobrepeso desde a infância. Preocupados com sua saúde, os pais sempre o levaram a psicólogos, endocrinologistas e nutricionistas, mas ele não seguia as recomendações dos profissionais.

Aos 15 anos e pesando 136 kg, Mussa foi diagnosticado com um quadro de pré-diabete e sua endocrinologista disse que, caso ele não emagrecesse, iria recomendar que ele se submetesse a uma cirurgia de redução do estômago. “Estava com pré-diabete, com colesterol altíssimo, percentual de gordura corporal muito alto, problemas na articulação... Me assustei com a situação e resolvi que tinha que fazer algo”, conta.

Ao sair do consultório já pediu que os pais não levassem mais chocolate para casa nem servissem batata frita e outros pratos gordurosos. “Minha mãe que cozinha em casa. Ela passou a usar menos sal, menos óleo, a colocar mais salada na mesa. Hoje, meu prato tem que ser colorido. Antes, ficava só com carne e carboidrato”, diz.

Mussa, que nasceu na Palestina, veio para o Brasil com 4 anos e hoje vive em Porto Alegre (RS). Ele conta que chegou a sofrer bullying na escola por causa do peso. “Toda pessoa acima do peso ou com qualquer coisa diferente do padrão já recebe um olhar diferente, é sempre um motivo para bullying. Por estar acima do peso, não conseguia fazer atividade física e ficava mais retraído. Não gostava nem de conviver com os colegas”, conta.

Com a colaboração dos pais, o estudante conseguiu mudar a rotina e, hoje, sua alimentação cotidiana tem muitos alimentos integrais, verduras, legumes e frutas, carnes magras e cereais. O emagrecimento vem acontecendo aos poucos nos últimos anos. Hoje, ele está 46 kg mais magro: pesa 90 kg. Mas ainda quer perder mais 10 kg.

Há dois anos, Mussa tem feito musculação e exercícios aeróbicos todos os dias. “Gosto de fazer porque me sinto melhor depois, sinto liberdade, como se tivesse tirado um peso de cima de mim. Quando estou nervoso, vou para a esteira”, diz.

A mudança não passou despercebida por amigos e familiares. “Meus amigos sempre falavam sobre como eu tinha mudado. Parentes distantes ficavam surpresos quando me viam. Minha mãe sempre diz que queria ter a força de vontade que eu tenho.”

O jovem atribui o sucesso de sua empreitada de emagrecer à persistência e diz que, apesar das recaídas, é importante não desistir.